Ambiente

15 motivos para reduzir o consumo de plástico no dia a dia

No Brasil, por exemplo, são distribuídas 1,5 milhão delas por hora – sem contar o uso de garrafas PET, copos, pratos, talheres e uma variedade de produtos feitos com o material –, e esse volume colabora para a poluição plástica.

Por: Redação em 21 de julho de 2020

Você já parou para pensar o que acontece com aquela sacolinha de plástico que carrega as compras do supermercado e depois é usada como saco de lixo? No Brasil, por exemplo, são distribuídas 1,5 milhão delas por hora – sem contar o uso de garrafas PET, copos, pratos, talheres e uma variedade de produtos feitos com o material –, e esse volume colabora para a poluição plástica, considerada uma das principais causas atuais de danos ao meio ambiente e à saúde. Isso porque causa a poluição das águas e a degradação dos biossistemas, já que 27 mil toneladas por dia do volume do resíduo vaza para os oceanos.

Você, inclusive, já deve ter se deparado com a hashtag #julhosemplástico pelos feeds nas redes sociais, um movimento que teve início em 2011, proposto pelo Earth Carers Waste Education e se espalhou pelo mundo com o desafio de evitar ao máximo o plástico no mês de julho – um estímulo para automatizar a atitude no dia a dia. Para ajudar a entrar nessa onda, os movimentos Menos1lixo e Liga Zero Descartável, além da marca Positiva, dão 15 dicas para uma vida com menos plástico.

1. Tenha sempre uma ecobag na bolsa, que pode ser uma sacola de pano ou de papel ou uma mochila (o que for melhor para você) para evitar o consumo das sacolinhas de plástico.

2. A grande pergunta: “sem a sacolinha no supermercado, faço o que com o lixo de casa?” Composte o resíduo orgânico, o que for reciclável pode ser limpo e armazenado em sacos maiores ou em caixas de papel. O que não for reciclável nem compostável vai para o lixo comum e nele você pode colocar um “saquinho” feito de jornal dobrado ou saco de pão.

3. As sacolas de plástico “verde” dos mercados podem guardar uma cilada, porque, apesar de 51% da sua matéria-prima ser renovável, os outros 49% ainda são de petróleo. A reciclagem delas é mínima, ou seja, vão parar na natureza e demoram 400 anos para se decompor. Como opção, há sacolas de bioplásticos, que, em vez de conter petróleo em sua composição, são produzidas com biomassa da mandioca ou do milho – fontes renováveis e compostáveis. O tempo de degradação dessas sacolas é de 18 meses e, quando o processo termina, elas liberam nutrientes no solo, fechando um ciclo regenerativo para o planeta.

4. Pense em ter seu próprio copo. Pode ser um retrátil, que, quando fechado, não ocupa muito espaço na bolsa. Leve-o para todos os lugares, assim é possível usar um bebedouro ou pedir água filtrada nos estabelecimentos. Também dá para carregar sua própria garrafa de inox. No escritório, tenha uma caneca sempre à mão.

 

5. Deixe um conjunto de talheres na bolsa ou na mochila para comer na rua, assim você evita os modelos descartáveis de plástico.

6. Talvez já tenha sido a fase de falar sobre os canudinhos, mas não custa reforçar: na dúvida, leve o seu de inox de casa para passar longe dos de plástico.

7. Compras a granel evita tanto a produção de lixo como o descarte excessivo de alimentos. Quando for à feira ou ao mercado, leve sua sacola reciclável. Adicionalmente, alguns itens facilitam a vida: levar a sua caixa de ovos para reutilizar; potes retráteis, que não ocupam muito espaço e servem para armazenar, por exemplo, cogumelos; potes rígidos para morangos e outras frutas que amassam; potes de vidro para comprar peixe, frango ou carne; e saquinhos de tecido de vários tamanhos para colocar arroz, farinhas, grãos, castanhas e afins.

8. Evite comprar frutas cortadas e embaladas em filme plástico. A proteção para frutos e legumes é a própria casca, já que não demora milhares de anos para se biodegradar.

9. Substitua o papel filme e o alumínio por cobertura de tecido com camada de cera, que adere ao formato do recipiente, é reutilizável e biodegradável.

10. Opte por produtos em embalagens de vidro. Se existe o mesmo produto em pote de plástico e de vidro, opte pelo sempre pelo segundo. Ele pode, inclusive, ser reutilizado para outras situações, como comprar alimentos a granel e acondicioná-los na despensa ou na geladeira.

11. Evite tecidos sintéticos, pois liberam microplásticos a cada lavagem. A água repleta de pedacinhos de plástico vai parar nos rios e mares e depois dentro das espécies marinhas. Priorize tecidos que não impactem o meio ambiente, como os de algodão orgânico, que podem ser compostáveis.

12. Troque seus cotonetes comuns pelos de papel. Hoje já é fácil encontrar o produto nas farmácias com o mesmo preço dos convencionais, então não há motivo para poluir.

13. Substitua a escova de dente comum (de plástico) pela de bambu – são lindas e biodegradáveis. Segundo os dentistas, o ideal é trocar de escova a cada três meses. Imagine quantas ainda existem no mundo em aterros, rios, mares e oceanos?

14. A esponja sintética libera microplásticos na água, podendo ir para os animais que nos alimentam e para a água que bebemos, além de demorar milhares de anos para se decompor. A bucha vegetal já nasceu pronta: é fruto de uma planta, por isso biodegradável e compostável. Quando tiver gasta, é só colocar na composteira que vira adubo. Normalmente é encontrada em lojas de produtos naturais.

15. Reduza os produtos de limpeza, priorize os concentrados e ecológicos. Assim, com poucos e bons produtos, você limpa a casa e evita o consumo de muitas embalagens plásticas.