O relógio batia. Um pequeno relógio despertador encontrava-se junto aos meus ouvidos, na cabeceira da cama. Amanhecia, domingo de verão, dia depois de completar sessenta anos de idade.
A vida na terra não nos basta. É a impressão que fica desde a antiguidade. O ser humano sempre buscou a continuação após a morte biológica.
Da janela do apartamento, antes do amanhecer, com o crepúsculo, vejo ao longe o conjunto de montes.
Uma artista referência da cultura mexicana, pelos seus trajes e sua arte. Sobre os trajes, ela dizia vestir-se para ir ao paraíso e preparar-se para a morte.
Na física, resistência que a matéria oferece à aceleração. Para nós brasileiros: apatia; indolência.
As britânicas Susan Elderkin e Ella Berthoud escreveram: Um receituário literário de A a Z. Uma terapia poética para a depressão. Após o texto de Agualusa, pensei nos nossos hospitais: Enfermaria e UTI.
O ser humano gosta de ciclos. Os ciclos da vida. Por isso, usa os astros – lua, sol e estrelas para se guiar e contar o tempo. O tempo para marcar a duração da vida, para plantar, colher, festejar, guerrear...
Na solenidade, também, foram agraciados os vencedores do sexto Concurso Rubem Braga de crônicas com o tema “Bicentenário da Independência do Brasil”.