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O adeus ao fotógrafo José Carlos de Oliveira

Um profissional que conquistou o mundo com seu trabalho, mas, principalmente, cativou a todos com quem teve contato em sua intensa trajetória nesse plano terrestre. Seu trabalho é arte que encanta, emociona e ficará como legado para incontáveis gerações.

Por: Redação em 17 de maio de 2021

 

José Carlos Oliveira. Um nome que está marcado na história da fotografia capixaba. Um profissional que conquistou o mundo com seu trabalho, mas, principalmente, cativou a todos com quem teve contato em sua intensa trajetória nesse plano terrestre. Seu trabalho é arte que encanta, emociona e ficará como legado para incontáveis gerações. A covid interrompeu seus planos, sua vida e deixa um vazio enorme, mas suas obras vão mantê-lo vivo por uma infinidade de tempo.

Uma das pessoas que teve sua vida transformada pela influência de Zé Carlos foi o fotógrafo Fabiano Oliveira, responsável também por organizar o cortejo com cerca de 50 carros para dar o último adeus. A história e o sentimento de Fabiano representam bem o que foi conviver com Zé Carlos.

“Conheço Zé Carlos há 17 anos. Quando comecei a namorar minha esposa Juliana, ela trabalhava na Rapid Collor e ele revela muitas fotos lá. Então começamos a ter o contato ali. Fiz meu primeiro curso de fotografia com ele. Na época, me presenteou com as fotos do casamento e quando eu soube que seria ele o fotógrafo, fui ao céu, porque sempre o admirei e considero um dos melhores”, contou Fabiano.

Fabiano, que começou a fotografar por conta de José Carlos, teve muito uma relação muito próxima com ele durante anos. “Ele vai fazer muita falta, por sua experiência, bondade e por ser um ser humano que ajudava muito ao próximo. Sempre fez questão de ajudar a todos. Sempre foi muito participativo nos grupos de fotógrafos, compartilhando todo o seu conhecimento, sendo um entusiasta, querendo ver todo mundo bem, se desenvolvendo”, acrescentou Fabiano.

Um caso curioso aconteceu essa semana na vida de Fabiano. “Na noite que antecedeu o seu falecimento, minha esposa havia sonhado com ele, que ele tinha chegado até nós falando que estava bem, curado. E horas depois recebi a notícia. Fiquei sem chão. Sem saber o que fazer. Meu dia acabou ali”, lamentou.
O cortejo com os amigos, familiares e colegas de profissão de José Carlos foi até o município de Alegre, sua terra natal. Quando chegou no distrito de Rive, uma multidão de carros aguardava para recebe-lo e continuar a partir dali. “Foi um dia muito triste. Cheguei em casa arrasado”, acrescentou Fabiano.

Sua esposa Drica deixou uma mensagem aos amigos mais próximos: “Não faltou fé, não faltou oração, não faltou clamor, não faltou amor. Mas aprouve ao Senhor, detentor das nossas vidas levar o meu amor pra junto se si, no seu reino. Não há como questionar a vontade do Senhor. Sei que o meu amor está nos braços de Jesus nesse momento porque ele se entregou totalmente nas mãos Dele”. José Carlos Oliveira jamais será esquecido.

Um de seus trabalhos mais famosos foi o registro dos colibris, símbolos do Espírito Santo, com uma exposição que emocionou a todos pelas imagens captadas, resultado de anos de dedicação e muita paciência.