Economia

Espírito Santo já conta com 24 marcas de chocolate

A produção capixaba vem crescendo não apenas em quantidade, mas principalmente, em qualidade. E o incentivo à produção de amêndoas de qualidade e a abertura de novas fábricas contribuem para o fortalecimento da cadeia produtiva do cacau no Estado.

Por: Redação em 10 de setembro de 2020

O Espírito Santo já conta com 24 fábricas de chocolate. O levantamento que Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) teve acesso foi elaborado pelo cacauicultor de Linhares Emir de Macedo Gomes Filho.

O Estado é o terceiro maior produtor de cacau do Brasil. A produção capixaba vem crescendo não apenas em quantidade, mas principalmente, em qualidade. E o incentivo à produção de amêndoas de qualidade e a abertura de novas fábricas contribuem para o fortalecimento da cadeia produtiva do cacau no Estado.

“O aprimoramento das amêndoas agrega valor aos produtos que utilizam o cacau como matéria-prima e, consequentemente, melhora a rentabilidade do produtor. Somente com uma amêndoa de qualidade é que se consegue um chocolate de qualidade. A busca pela valorização do produto, pela agregação de valor, é responsável pelo aumento no número de fábricas de chocolate no Estado. O agricultor não quer só vender amêndoa, ele quer chegar ao produto final”, disse Lucas Calazans, extensionista do Incaper e referência capixaba na área de cacauicultura.

O empreendedorismo dos cacauicultores do Espírito Santo é outro fator preponderante para o aumento do número de fábricas de chocolates no Estado. Segundo Calazans, as fábricas são, em sua maioria, de agricultores que produzem cacau e fazem seu próprio chocolate. “As pessoas estão procurando fazer seu próprio chocolate, seja por curiosidade, por paixão, ou pela agregação de valor. Um quilo de amêndoa é vendido por cerca de R$ 10,00. Já um quilo de chocolate de qualidade sai por cerca de R$ 100,00”, acrescentou o extensionista do Incaper.

Porém, apesar de promissor, o mercado oferece diversos desafios. “Existe um gargalo enorme, que é o produtor chegar ao ponto de fazer o chocolate. Não se descobre do dia pra noite: precisa de muito tempo, investimento, curso, dedicação, tentativas e erros até agradar o paladar. Quem faz chocolate hoje passou por uma jornada grande. Outro desafio é vender esse chocolate. Quantas barras de chocolate, quantos quilos, o brasileiro come por ano? Mesmo quem gosta muito de chocolate, não consome tanto assim. Um chocolate mais caro normalmente tem maior teor de cacau, é mais puro, e nem todo mundo compra”, pontuou Calazans.

Veja quais são as 24 novas marcas de chocolate capixabas:

1 – Cacau em Cor/Emir Filho/Linhares

2 – Espírito Cacau/Paulo Gonçalves/Serra

3 – Chocolates Espírito Santo/José Manoel/Iconha

4 – Cascatinha/Colatina

5 – Pepê/ Santa Teresa

6 – Chocolates Anchieta/Edson

7 – Perobas Cacau/Soeiro/Linhares

8 – Barcaça/Fernando Buffon/Linhares

9 – Floresta Cacau/Luiz Soresini/Aracruz

10 – Rumas/Licione/Linhares

11 -M anah/Guilherme Resende/Linhares

12 – d’ Cacau/Érica Rangel

13 – Ateliê dos Chocolates/Renato/Pedra Azul

14 – Piul Chocolates/Venda Nova

15 – Cacalmenara/Colatina

16 – Ibiraçu Cacau/Lucia/José Nelson

17 – Reinholz Chocolates/Fabiana/Colatina

18 – Faccínio Chocolates/São Gabriel Palha

19 – Santo Cacau/Vitória

20 – Chocolate Ana Bandeira

21 – Familia Ximenes

22- Lamberti

23 – Rio Doce/Popermayer/Linhares

24 – Cacau Chauã/Miguel Português