Crônicas
A inveja e outros temas
Dizer que estou bem humorado, hoje, não é verdade. Escrevo numa terça-feira com alguns prognósticos aterrorizantes sobre o que será o amanhã de nosso país.
Por: Wilson Márcio Depes em 6 de agosto de 2025
Dizer que estou bem humorado, hoje, não é verdade. Escrevo numa terça-feira com alguns prognósticos aterrorizantes sobre o que será o amanhã de nosso país. Por mais paradoxal que possa parecer, não entendo mais nada sobre as pessoas… Aliás, ao completar 100 anos, o jornal O Globo mandou de presente aos seus assinantes um calhamaço com mais de 100 páginas, contando sua (e nossa) história desse período. Até o querido Zuenir Ventura, a quem sou devedor de tanto carinho e sabedoria, apareceu em destaque. Um autêntico craque das letras… Trabalhou no jornal desde muito jovem.
Aliás, Zuenir foi exemplo para todo mundo, sobretudo para leitores fiéis. Ainda hei de recuperar meu exemplar, com dedicatória, que Verônica, querida amiga, me tomou emprestado e ainda não devolveu… O livro é sobre aquele que é considerado o maior pecado: a inveja. Ora, ódio espuma, a preguiça se derrama, a gula engorda, a avareza acumula, a luxúria se oferece, o orgulho brilha, só a inveja se esconde. Pois foi justamente sobre este pecado tão complexo que Zuenir se debruçou durante quase dois anos. Em “mal secreto”, título do primeiro volume da coleção plenos pecados, ele convida o leitor a um mergulho no universo daquele que foi apontado, numa pesquisa exclusiva, entre os brasileiros, como o mais conhecido dos pecados capitais.
A leitura de parte de O Globo, de domingo, mexeu muito com minhas emoções. Fiquei imaginando onde estariam os exemplares do “Correio do Sul” e “O Arauto”, os jornais mais antigos de Cachoeiro? Todos preparados com tipos de chumbo e componedores, letra por letra, para paginar e depois partir para impressão nas antigas máquinas. O prefeito Ferraço, como político, frequentou as páginas desses jornais e talvez pudesse pedir sua Secretaria de Cultura para recuperar alguma coisa dessa história tão fecunda. Estará fazendo um grande bem à nossa terra.
Pois bem, vou ingressar agora na parte jurídica dos processos sobre a IA. Anda plagiando, até mesmo, os livros de Machado de Assis… Os principais riscos da IA são desemprego estrutural, aumento da desigualdade social, perpetuação de vieses e preconceitos, indefinição sobre direitos autorais, ameaças à privacidade e desafios éticos e de segurança. Na próxima edição vou falar um pouco sobre essa experiência. Até mais.