Saúde

Anvisa veta venda e importação de canetas para emagrecimento irregulares

A Anvisa publicou novas resoluções proibindo a fabricação, distribuição, importação, comercialização, propaganda e uso de diversos medicamentos agonistas de GLP-1.

Por: Redação em 23 de novembro de 2025

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou novas resoluções proibindo a fabricação, distribuição, importação, comercialização, propaganda e uso de diversos medicamentos agonistas de GLP-1, popularmente conhecidos como “canetas emagrecedoras” que não possuem registro sanitário no país.

As determinações atingem especificamente os produtos T.G. 5 (RE 4.030), Lipoless (RE 3.676), Lipoless Éticos (RE 4.641), Tirzazep Royal Pharmaceuticals (RE 4.641) e T.G. Indufar (RE 4.641). Segundo a Agência, esses itens não tiveram sua qualidade, eficácia e segurança avaliadas, o que impede sua comercialização regular no Brasil.

Aumento de irregularidades motivou as proibições

De acordo com a Anvisa, o crescimento de indícios de propaganda e venda ilegal desses produtos, inclusive na internet, motivou a publicação das novas resoluções. A divulgação de medicamentos é proibida no país e o uso incorreto desses itens pode representar riscos significativos à saúde pública. As medidas visam conter o avanço do comércio clandestino e proteger consumidores.

Importação também está suspensa

Medicamentos sem registro no Brasil podem, em regra, ser importados apenas em caráter excepcional, para uso pessoal, com prescrição médica e seguindo requisitos legais. Entretanto, quando há proibição específica por parte da Anvisa, qualquer forma de importação fica automaticamente vetada.

Riscos do uso de produtos não aprovados

A Anvisa alerta que medicamentos sem registro dificultam a rastreabilidade em caso de reações adversas e impedem a adoção de medidas regulatórias quando necessário. Além disso, muitos desses produtos trazem bulas e orientações em idiomas estrangeiros, o que aumenta o risco de erros de administração e prejudica a compreensão dos pacientes.

Produtos falsificados, adulterados ou clandestinos também escapam da fiscalização sanitária brasileira e ficam sujeitos apenas ao controle de outros países, o que pode ampliar ainda mais os riscos aos usuários.

Regulação dos agonistas de GLP-1 no Brasil

Os agonistas de GLP-1 aprovados e registrados no Brasil só podem ser utilizados com prescrição médica e retenção de receita. O detentor do registro é responsável por garantir a qualidade, a distribuição adequada e o monitoramento de possíveis efeitos adversos.