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Baleias Jubarte: Espírito Santo é o segundo Estado com maior número de encalhes

A baleia encalha devido a problemas de doenças ou desorientação e se aproximam da costa trazidas pela força dos ventos e de correntes oceânicas. Por estarem fracas, acabam encalhando nas praias.

Por: Redação em 18 de agosto de 2023

 

O Espirito Santo é o segundo Estado do país com o maior número de encalhes de baleias-jubarte registrados até o momento, segundo levantamento divulgado pelo Projeto Baleia Jubarte (PBJ). Até está quinta-feira (17) já foram registrados 11 encalhes de baleias-jubarte na costa capixaba. Segundo o Projeto Baleia Jubarte (PBJ), este período entre julho e novembro é o momento em que ocorre encalhes em maior número, sendo 90% destes animais sem vida. Apesar se ser uma situação triste, os números estão dentro da normalidade.

Normalmente, a baleia encalha devido a problemas de doenças ou desorientação e se aproximam da costa trazidas pela força dos ventos e de correntes oceânicas. Por estarem fracas, acabam encalhando nas praias. Cerca de metade dos encalhes trata-se de filhotes de baleia-jubarte recém nascidos.

Além das ações naturais, o encalhe também pode ocorrer por ações humanas. Embora seja grande minoria nas estatísticas das jubartes brasileiras. Há registros de atropelamento por embarcações ou emalhe em apetrechos de pesca. Pesquisadores do projeto apontam que, nesses casos, é possível identificar ameaças à sua conservação e buscar formas de minimizar os impactos sobre as jubartes e outras espécies que compõem a biodiversidade marinha.

Apesar das baleias vivas representarem a minoria dos encalhes, estas quando são encontradas, são logo identificadas pelas equipes de pesquisadores para efetuarem o seu resgate. Nesse momento são feitas avaliações para compreender as condições do animal e, se for possível, a sua devolução ao mar.

Por isso, o Projeto Baleia Jubarte orienta que ao encontrar uma baleia jubarte encalhada, as pessoas devem fazer contato com o Projeto Baleia Jubarte e o Instituto Orca para seguir com os procedimentos necessários. E alerta, que tentar devolver os indivíduos que encalham vivos é muito perigoso, porque a baleia pode rolar para cima das pessoas e causar um acidente maior e, por isso, é importante que essa atividade seja orientada por profissionais com experiência.

Os encalhes que ocorrem no litoral norte do Espírito Santo são atendidos a partir da base de Caravelas do Projeto, através dos fones (73) 98802-1874 (WhatsApp) ou (90xx73) 3297-1340 (a cobrar). Já os encalhes que ocorrem no litoral sul capixaba (incluindo a região metropolitana) são atendidos pelo Instituto Orca (Instagram: @institutoorca). Os capixabas também podem acionar o Projeto de Monitoramento de Praias das Bacias de Campos e Espírito Santo (PMP-BC/ES), através do  08000395005. Mais informações podem ser obtidas através do vídeo Ao Resgate, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=Lxyirb-wMqk&t=3s. O video orienta sobre o que se deve fazer ao avistar um mamífero marinho encalhado.

Confira os dados:

Encalhes de Baleias Jubarte no Brasil – 2023

Mar – 01
Abr – 02
Mai – 02
Jun – 03
Jul  – 22
Ago – 17

Total – 47

Encalhes por U.F.
RS – 02
SC – 03
PR – 01
SP – 02
RJ – 08
ES – 11
BA – 15
SE – 01
AL – 02
PB – 02

Fonte: Projeto Baleia Jubarte, com apoio das Instituições membros da Rede de Encalhes e Informação de Mamíferos Aquáticos do Brasil – REMAB. Atualizado em 17/08/2023

Sobre o Projeto Baleia Jubarte:

Atuando há 35 anos na pesquisa e conservação das baleias-jubarte e do ambiente marinho no Brasil, o Projeto Baleia Jubarte, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, integra a Rede BIOMAR juntamente com outros projetos patrocinados pela empresa (Projeto Albatroz, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Meros do Brasil), que atuam de forma integrada na conservação da biodiversidade marinha do Brasil.

O Projeto Baleia Jubarte é realizado pelo Instituto Baleia Jubarte a partir de suas sedes na Praia do Forte e em Caravelas, Bahia, e em Vitória, no Espírito Santo. Por meio deste projeto são realizadas ações de pesquisa científica, turismo responsável, ações de educação ambiental, bem como atividades de conservação que tem contribuído para o sucesso da recuperação da população de jubartes do atlântico sul ocidental. Mais informações sobre as atividades podem ser obtidas em www.facebook.com/projetobaleiajubartewww.instagram.com/projetobaleiajubarte e em www.baleiajubarte.org.br