Economia

Como o mundo dos negócios está se adaptando aos novos tempos

Antes da quarentena, medida vital para frear a curva de contágio, apenas uma de cada quatro empresas sediadas no Rio possuía e-commerce. Pois aquelas que estavam de fora do comércio virtual tiveram de aderir a ele rapidamente.

Por: Redação em 17 de junho de 2020

A crise deflagrada pelo novo coronavírus imprensou a economia, fez com que muitos negócios fossem fechados e obrigou outros a buscar caminhos para a sobrevivência e a se reinventar. Essa capacidade de adaptação em meio à pandemia é decisiva agora e continuará a ser depois dela, uma vez que o mundo não sairá o mesmo do atual tsunami.

Antes da quarentena, medida vital para frear a curva de contágio, apenas uma de cada quatro empresas sediadas no Rio possuía e-commerce, segundo levantamento da Fecomércio. Pois aquelas que estavam de fora do comércio virtual tiveram de aderir a ele rapidamente, em um esforço que envolveu aprendizado e investimento. “As empresas precisaram se ajustar e correr para adquirir tecnologia. Podemos dizer que avançamos uns dez anos em quarenta dias”, afirma o presidente da federação, Antonio Queiroz.

Há muitos exemplos na cidade de gente que vem demonstrando elevado senso de oportunidade. Junto com seus sócios na rede T.T. Burger, que precisou suspender o atendimento em suas cinco lojas por causa do isolamento, o chef Thomas Troisgros acaba de inaugurar uma hamburgueria inteiramente digital. Lançada em 12 de maio, a Três Gordos opera seis dark kitchens (cozinhas montadas apenas para delivery) em diferentes bairros – embora o endereço não seja tão relevante, já que as vendas são virtuais.

Também o menu se amoldou aos novos tempos, podando os preços. “Vamos oferecer um produto mais simples e barato, que alcance mais gente”, conta Troisgros. A crise acelerou o projeto, posto de pé em duas semanas e já planejado para operar no que deve ser o novo normal. O transporte dos funcionários é feito por vans da empresa, equipes de até cinco pessoas por cozinha se revezam em dias alternados e protocolos de higiene são seguidos com disciplina.

Os negócios, já se sabe, terão de levar em conta conceitos que emergem com a pandemia, como distanciamento social, restrições no trânsito das pessoas de modo a evitar aglomerações e uma severa cartilha de higiene e proteção à saúde. A consultoria americana Bain & Company, que tem escritório no Rio, fez um estudo global que observou a trajetória de diversos setores nas primeiras semanas de quarentena pelo mundo, inclusive no Brasil.

A crise deflagrada pelo novo coronavírus imprensou a economia, fez com que muitos negócios fossem fechados e obrigou outros a buscar caminhos para a sobrevivência e a se reinventar. Essa capacidade de adaptação em meio à pandemia é decisiva agora e continuará a ser depois dela, uma vez que o mundo não sairá o mesmo do atual tsunami.

Antes da quarentena, medida vital para frear a curva de contágio, apenas uma de cada quatro empresas sediadas no Rio possuía e-commerce, segundo levantamento da Fecomércio. Pois aquelas que estavam de fora do comércio virtual tiveram de aderir a ele rapidamente, em um esforço que envolveu aprendizado e investimento. “As empresas precisaram se ajustar e correr para adquirir tecnologia. Podemos dizer que avançamos uns dez anos em quarenta dias”, afirma o presidente da federação, Antonio Queiroz.

Há muitos exemplos na cidade de gente que vem demonstrando elevado senso de oportunidade. Junto com seus sócios na rede T.T. Burger, que precisou suspender o atendimento em suas cinco lojas por causa do isolamento, o chef Thomas Troisgros acaba de inaugurar uma hamburgueria inteiramente digital. Lançada em 12 de maio, a Três Gordos opera seis dark kitchens (cozinhas montadas apenas para delivery) em diferentes bairros – embora o endereço não seja tão relevante, já que as vendas são virtuais.

Também o menu se amoldou aos novos tempos, podando os preços. “Vamos oferecer um produto mais simples e barato, que alcance mais gente”, conta Troisgros. A crise acelerou o projeto, posto de pé em duas semanas e já planejado para operar no que deve ser o novo normal. O transporte dos funcionários é feito por vans da empresa, equipes de até cinco pessoas por cozinha se revezam em dias alternados e protocolos de higiene são seguidos com disciplina.

Os negócios, já se sabe, terão de levar em conta conceitos que emergem com a pandemia, como distanciamento social, restrições no trânsito das pessoas de modo a evitar aglomerações e uma severa cartilha de higiene e proteção à saúde. A consultoria americana Bain & Company, que tem escritório no Rio, fez um estudo global que observou a trajetória de diversos setores nas primeiras semanas de quarentena pelo mundo, inclusive no Brasil.

O economista Gabriel Pinto

Entre os que mais cresceram – e que segundo a consultoria seguirão em rota ascendente pós-coronavírus – estão o ensino à distância, as áreas de nutrição e saúde e a telemedicina (a lei que regulamenta a atividade foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em abril). Para dar um exemplo local de negócio impulsionado pela realidade pós-vírus, a startup carioca Conexa Saúde, que oferece soluções tecnológicas a médicos, pacientes e empresas, conseguiu no mês de março cravar um número de clientes que era esperado para o ano todo.

E não foi a única. Outro segmento que se engrandeceu nestes tempos de confinamento foi o de entretenimento on-line – plataformas de streaming como Netflix nunca foram tão requisitadas (uma breve medida disso: a empresa americana registrou 15,8 milhões de novos usuários no primeiro trimestre de 2020, o dobro do que era previsto). Com o lazer transferido para o lar, Juliana Brittes, dona de uma agência virtual que fazia a ponte entre contratantes e artistas para shows ao vivo, teve de se mexer.