Economia

Conta de luz terá fim de taxa extra e redução de preços a partir do dia 16

O anúncio foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais nesta quarta-feira. Ele estimou redução de cerca de 20% no custo da energia, mas não explicou a origem do cálculo.

Por: Redação em 6 de abril de 2022

 

O governo federal decidiu antecipar para o dia 16 o fim da bandeira de Escassez Hídrica nas contas de luz, criada durante a crise do ano passado, e que representava um custo adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

O anúncio foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais nesta quarta-feira. Ele estimou redução de cerca de 20% no custo da energia, mas não explicou a origem do cálculo.

A redução dará um alívio nas contas de luz. Antes desta antecipação, a expectativa é que ela ficasse em vigor até 1º de maio. Com isso, a bandeira voltará a ser verde pelo menos até o do próximo mês.

O Ministério de Minas e Energia afirma que, com a manutenção das atuais condições de chuva, o governo trabalha com a perspectiva de bandeira verde até o fim do ano.

O anúncio ocorre em meio à crise na Petrobras, causada pela frustação na troca de comando da empresa e num momento de alta da inflação.

A taxa extra foi criada para cobrir os custos da geração de energia por termelétricas, que são mais caras. Durante a crise hídrica do ano passado, praticamente todo o parque térmico do país foi acionado.

Em 2021, o sistema elétrico nacional enfrentou a pior seca em 91 anos.

“Bandeira verde para todos os consumidores de energia a partir de 16/04. A conta de luz terá redução de cerca de 20%”, escreveu Bolsonaro.

As bandeiras tarifárias normalmente são definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e seguem a lógica da previsão de chuvas e o nível dos reservatórios. Essas bandeiras são verde, amarela e vermelha em dois patamares.

Com a crise do ano passado, o governo decidiu aplicar uma bandeira ainda mais alta, sem passar pela Aneel. Foi uma decisão do Ministério de Minas e Energia para cobrir os custos extras causadas pela geração por termelétricas e não tem relação com a Aneel. Por isso, poderia ser revista a qualquer momento, como já defendiam alguns especialistas.