Artigo
Crescer dói
Cientificamente não temos nenhuma comprovação de que o crescimento físico cause dor, a famosa dor do crescimento.
Por: Janine Bastos em 20 de julho de 2020
Cientificamente não temos nenhuma comprovação de que o crescimento físico cause dor, a famosa dor do crescimento.
Porém se me perguntarem no sentido de amadurecer, o que nada tem a ver com a idade e sim com se tornar adulto, que por sua vez também nada tem a ver coma idade, rs é preciso diferenciar.
Responderia que sim, crescer (emocionalmente) dói. Pois significa romper com as fantasias, significa retirar as máscaras que usamos por muito tempo, nos protegendo assim do medo de não sermos amados e também de enfrentarmos as nossas limitações.
Retirar as nossas máscaras, as nossas proteções e poder se ver , inseguros, porém de frente com a realidade e assim com a possibilidade de construirmos, o nosso real a nossa verdade, que nos liberte das gaiolas que nos foram impostas com seus papeis sociais pré definidos, de homem, de mulher, esposa, marido, pais, filhos.
Nos asfixiando em uma morte lenta, da passividade que nos impede de viver a vida e de construí-la com base em nossas experiências pessoais.
Sim crescer dói!
E se responsabilizar por suas escolhas também, mais fácil mesmo é nos mantermos crianças, infantilizados, independente da nossa idade, responsabilizando o outro e a cultura, os pais, o presidente, pelos nossos atos e omissões.
Mas te pergunto: Será mesmo que nos mantermos presos, atrelados a toda essa rede não é ainda mais doído, doentio e angustiante?
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Prefiro correr, me esconder e hora ou outra se virar para o bicho e encará-lo, e nessas horas nos darmos conta que ele também pode ser comido, digerido e compreendido.
Afinal, nosso medo apenas nos limita, enquanto ainda nos tornamos refém dele.
Enquanto preferimos fugir a encará-los, chorarmos, lutarmos e assim nos fortalecermos e aprendermos a lidar.
Sem presos, reféns, ou infantilizados precisarmos ficar.
Prefiro a dor de crescer e sair do lugar, que à passividade da obediência e da insegurança de não poder ser quem se é.
E aí, vai encarar, fugir, ou se entregar?
Se correr o bicho pega se ficar o bicho come.