Cinema

Documentário sobre o artista Aprígio Lyrio estreia em Sessão Especial no 32º Festival de Cinema de Vitória

O filme será exibido na Sessão Especial do 32º Festival de Cinema de Vitória, dia 23 de julho, às 16 horas, na Sala Cariê Lindenberg, 2º andar do Sesc Glória.

Por: Redação em 19 de julho de 2025

 

Natural de Vitória, Aprígio Lyrio foi um artista musical da década de 1970, de uma geração fundamental para a contracultura capixaba e que tinha nomes como presente na geração de Ester Mazzi, Afonso Abreu e a banda Os Mamíferos. Fascinados pela figura deste capixaba, Tati Rabelo e Rodrigo Linhales registraram o documentário Mercúrio Cromo – A Vida e A Obra de Aprígio Lyrio. O filme será exibido na Sessão Especial do 32º Festival de Cinema de Vitória, dia 23 de julho, às 16 horas, na Sala Cariê Lindenberg, 2º andar do Sesc Glória.

 

O Festival, que transforma a cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro, começa no próximo sábado (19) e vai até o dia 24 e conta com patrocínio da Petrobras e patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA.

“Somos apaixonados pela figura do Aprígio Lyrio — um artista talentoso, controverso, um ícone queer que enfrentou com coragem e irreverência a tradicional família capixaba. A ideia surgiu do nosso desejo de resgatar e dar visibilidade a personalidades LGBTQIAP+ que marcaram a cena cultural do Espírito Santo, mas que acabaram esquecidas com o tempo”, disse Rodrigo Linhales.

O diretor explica que ele e a diretora Tati Rabelo optaram por uma linguagem híbrida, mesclando ficção e documentário “com uma estética teatral, minimalista e bastante simbólica”. Durante o período de produção, Rodrigo Linhales admite a emoção por contar a biografia de Aprígio Lyrio.

“Atravessar as décadas da vida do Aprígio exigiu muita pesquisa e sensibilidade da equipe de figurino e beleza, que teve papel fundamental na construção das diferentes fases da vida dele. Um dos grandes desafios foi encontrar três atores que pudessem representar Aprígio na infância, juventude e fase adulta. Acreditamos que conseguimos fazer isso com muita verdade.”

Para interpretar Aprígio Lyrio, Tati e Rodrigo precisavam de alguém que estivesse pronto para encarar as características do artista. Assim, a escolha do também cantor Juliano Gauche foi primordial. “O Aprígio levava uma vida bastante desregrada, e isso aparece no filme em várias cenas. O Juliano, na entrega intensa ao personagem, fumou muitos cigarros de verdade durante as gravações. Teve um momento em que ele passou mal, a pressão caiu, e ele quase desmaiou. Foi um susto! Mas ele se recuperou rapidamente e seguimos com as filmagens. Foi uma situação inusitada, mas também um exemplo do quanto ele se entregou ao papel”.

As expectativas dos realizadores para a estreia do filme no Festival de Cinema de  Vitória é grande. “Somos cria do festival. Desde os nossos primeiros filmes, há mais de vinte anos, sempre sonhamos em exibir nossos trabalhos lá. Estrear esse filme no 32º Festival é simbólico e emocionante. Nos sentimos reconhecidos e gratos. É um misto de nervosismo e emoção — ouvir a reação do público, os risos, os silêncios. Tudo isso é muito impactante. É a primeira vez que o filme será exibido, então cada detalhe importa. Estamos empolgados e muito felizes por compartilhar essa história com o público”.

O 32° Festival de Cinema de Vitória conta com patrocínio da Petrobras e com patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da TV Gazeta, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias, do Canal Brasil e do Hotel Senac Ilha do Boi, da TVE e do Fórum dos Festivais. Conta também com parceria do Sesc Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA.