Para realizar o estudo, os cientistas usaram uma câmara que produz partículas que variam de 10 nanômetros (nm) a 6 micrômetros (μm) de diâmetro. Um ventilador soprou esse aerosol através de várias combinações de tecido em um fluxo de ar correspondente à respiração de uma pessoa. Nesse processo, a equipe mediu o número e o tamanho das partículas no ar antes e depois de passar pelos panos.
Assim, uma camada de tecido de algodão combinado com duas camadas de chiffon de poliéster-spandex — fibra usada em vestidos de festa — filtrou a maioria das partículas de aerossol (entre 80 e 99%), com desempenho próximo ao do equipamento profissional. Se o chiffon for substituído por seda natural ou flanela, os resultados são os mesmos. A combinação de algodão com manta de poliéster também produziu resultados semelhantes.
Supratik Guha, autor da pesquisa, ressalta que tecidos firmes, como o algodão, podem atuar como uma barreira mecânica para partículas, enquanto tecidos que carregam uma carga estática, como certos tipos de chiffon e seda natural, servem como barreira eletrostática.
No entanto, é importante que a máscara seja feita e utilizada da maneira correta — cobrindo completamente o nariz e a boca e se estendendo até o queixo —, caso contrário, sua eficácia diminui pela metade.