Economia

Fórum Capixaba vai atuar em 7 eixos para desenvolver o setor 

Criado em 2013, o Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia (FCPGE) passou por uma reestruturação e agora conta com um comitê estratégico, uma secretaria executiva e um conselho executivo.  

Por: Redação em 19 de setembro de 2023

 

Criado em 2013, o Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia (FCPGE) passou por uma reestruturação e agora conta com um comitê estratégico, uma secretaria executiva e um conselho executivo.
O objetivo da reformulação do estatuto é fortalecer a governança do Fórum e, assim, potencializar as ações voltadas para esse setor, que hoje representa quase 5% do PIB capixaba, tem um peso na indústria do Espírito Santo de 20% e emprega formalmente mais de 12 mil profissionais.
Formado por representantes da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), do Governo do Estado, do Sebrae e das empresas associadas – BW Energy, EDP, Energy Plataform, Equinor, Estaleiro Jurong Aracruz, Imetame Energia, Karavan Oil,  Petrobras, Prio, Prysmian Group, Seacrest Petroleo e Shell -, o Fórum vai atuar prioritariamente em sete eixos.
Essas frentes vão ser trabalhadas a partir dos comitês temáticos de: inovação, desenvolvimento de fornecedores e capacitação de mão de obra, meio ambiente, transição energética, gás, tributário, eventos e oportunidades.
Por meio dos comitês, os assuntos estratégicos dessas áreas vão ser colocados em pauta e serão definidos os planos de trabalho, a serem executados pelo FCPGE nos próximos meses.
A apresentação da nova estrutura aconteceu no dia 13 de julho e reuniu, em Vitória, as principais lideranças das instituições e das empresas participantes do Fórum. Na ocasião, a presidente da Findes, Cris Samorini, destacou o papel que o FCPGE tem para o desenvolvimento do setor e do Espírito Santo.
“Os principais atores e players da indústria energética do Estado e do país fazem parte do Fórum. Esse é um espaço muito qualificado para debatermos de gargalos a soluções para o crescimento do setor. Até 2027, o Observatório da Indústria já mapeou que teremos quase R$ 9 bilhões em investimentos nessa área. Ao estruturamos o Fórum e dividirmos a atuação por eixos, tenho certeza de que vamos ampliar os resultados das empresas e as oportunidades de negócios para o Estado.”
A presidente da Findes pontuou também que o objetivo daqui pra frente é dar ainda mais robustez e protagonismo ao Fórum de modo que ele projete cada vez mais nacional e internacionalmente as potencialidades, as atividades e os projetos das indústrias de petróleo, gás e energia. “O Estado precisa ser mais ambicioso. Temos total condição de atrair cada vez mais negócios que adensem e agreguem valor à nossa cadeia produtiva.”
O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Léo de Castro também participou do evento e frisou ser fundamental trabalhar com pragmatismo para que, a partir de uma agenda competitiva, o Estado consiga influenciar o ambiente local e nacional.
Quem também vê com muito entusiasmo a reestruturação do FCPGE é o vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço. Durante sua fala, ele colocou o governo à disposição “para ajudar na atividade empreendedora ligada ao setor”.
“Queremos contribuir para que este Fórum continue sendo um canal de interlocução e para que, a partir das demandas concretas levantadas, consigamos dar encaminhamentos para executá-las e desenvolver o setor.”
Para o Regulatory and Government Affairs Manager da BW Energy, Alex Garcia de Almeida, a atuação da Findes e do Fórum é pioneira. “O que está sendo feito aqui, eu não vejo em outros estados. Nosso diálogo com a Federação tem sido constante. Por isso, acredito que esse trabalho tem potencial de dar muitos frutos.”
Durante a apresentação – feita pela presidente Cris Samorini, pelo consultor de infraestrutura e energia da Findes, Luis Claudio Montenegro, e pela secretária executiva do Fórum, Rúbya Salomão – também foram detalhadas as atuações dos comitês técnicos e o cronograma para as próximas ações do FCPGE.
A seguir você confere os principais objetivos previstos em cada comitê temático.
Inovação 
Desenvolver soluções de inovação para a indústria, trazendo oportunidades e apresentando desafios.
Desenvolvimento de fornecedores e capacitação de mão de obra 
Aproximar empresas, capacitar mão de obra e ampliar o mercado de fornecedores para o setor no ES.
Meio ambiente 
Simplificação do modelo de licenciamento e aceleração da regulação. A pauta será dividida em duas frentes: licenciamento ambiental e regulamentações.
Transição energética 
Trabalha por incentivos a transição energética, visibilidade de portfólio das empresas, advocacy e posicionamento institucional do Fórum na agenda de energias renováveis.
 
Gás 
Acompanhar as questões relativas ao uso do gás pela indústria nacional com foco no Espírito Santo.
Tributário 
Gestão de risco para garantia de segurança jurídica para as empresas realizarem investimentos.
Eventos e oportunidades 
Planejamento e organização de dois eventos anuais do FCPGE para defender regulações e apresentar oportunidades de investimentos no ES.
Dados e impactos da indústria de óleo e gás para o ES  
Produção de petróleo: 3ª colocação no país.
Produção de gás natural: 5ª colocação no país.
Investimentos esperados no setor de petróleo e gás natural no ES até 2027: R$ 8,8 bilhões.
Economia: o setor representa 4,6% no PIB capixaba e tem um peso na indústria de 20%
Arrecadação de royalties e participações especiais em 2022: R$ 3 bilhões.
Empresas da cadeia produtiva do setor: 527 (5,4% a mais do que o registrado no último Anuário de Petróleo e Gás do Observatório da Indústria da Findes).
Mercado de Trabalho: 12 mil empregos formais (4,4% superior ao registrado no último anuário).
Fontes: ANP, RAIS e MDIC | Elaboração: Observatório da Indústria da Findes