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Governo vai sobrevoar rios para implementar Sistema de Alerta de Inundações

equipe deve sobrevoar os municípios do Caparaó, Castelo, Cachoeiro de Itapemirim, Alfredo Chaves, Vargem Alta, Iconha e Piúma. As regiões foram castigadas por inundações em janeiro deste ano e têm um histórico de cheias dos rios.

Por: Redação em 18 de agosto de 2020

Cidade de Iuna

 

A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), a Defesa Civil Estadual, o Núcleo de Operações e Transporte Aéreo do Espírito Santo (Notaer) e a TV Educativa (TVE) vão sobrevoar as bacias hidrográficas do sul do Estado para analisar os pontos onde serão instaladas as estações de monitoramento de chuva e vazão que vão compor um sistema de alerta de eventos extremos na região.

O primeiro voo está previsto para esta quarta-feira (19) e tem como roteiro as bacias hidrográficas dos rios Novo e Itapemirim. A equipe deve sobrevoar os municípios do Caparaó, Castelo, Cachoeiro de Itapemirim, Alfredo Chaves, Vargem Alta, Iconha e Piúma. As regiões foram castigadas por inundações em janeiro deste ano e têm um histórico de cheias dos rios que impactam a população, a economia e o meio ambiente locais.

Para a implementação de um Sistema de Alerta nas regiões, a Agerh e a Defesa Civil estão estudando, desde o início do ano, as prováveis localizações das estações de monitoramento. Até o momento, 23 pontos foram identificados como estratégicos para a verificação do volume de chuvas e do comportamento das vazões dos rios, informações que podem antecipar cenários e ações de prevenção em caso de risco de enchentes.

Para confirmar a viabilidade técnica das microlocalizações, a Agerh e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Novo fizeram uma parceria com o Notaer, que disponibilizou uma aeronave para sobrevoar os pontos estudados. Para documentação de imagens, os locais serão registrados por um cinegrafista cedido pela TVE .

De acordo com o diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert, a rede de alerta, cujo custo estimado é de aproximadamente R$ 3 milhões de reais, começou a ser estudada no rio Itapemirim e foi ampliada para as bacias vizinhas. “É uma região de características fisiográficas e dinâmicas de chuva semelhantes. Pelo relevo em comum, que drena as águas para as partes mais baixas e, junto a outros fatores, provocam as inundações. Monitorando locais estratégicos, teremos instrumentos para prevenir impactos e antecipar ações”, disse Fábio Ahnert.

O coordenador da Defesa Civil Estadual, Coronel André Có, destacou o esforço conjunto para terminar de integrar uma robusta rede de monitoramento e prevenção de eventos críticos, com a integração de dados e a criação do Centro de Gerenciamento de Desastres, que deve ficar pronto em um ano. “Num desastre natural, nós não temos o poder de interferir na gradação da ameaça, então temos que trabalhar para minimizar a vulnerabilidade das pessoas, e é isso que o Governo está fazendo com todas essas ações preventivas”, afirmou.