Cultura

Guilherme Nascimento comemora 10 anos de Casa Roxa

Estabelecendo parcerias com instituições e artistas, a Casa Roxa promove a cultura capixaba, acreditando no tripé potencializador que combina sociedade civil, comércio local e os governos, para ser uma ferramenta de transformação social e qualidade de vida.

Por: Redação em 18 de dezembro de 2023

Desenvolvendo ações artísticas, esportivas, assistenciais e formativas, a Casa Roxa, liderada por Guilherme Nascimento, completa 10 anos e já recebeu diversos reconhecimentos de grandes entidades, como, por exemplo: o prêmio DiversidadES pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos e a Comenda Raul Sampaio pela Academia de Artes e Letras de Marataízes. Estabelecendo parcerias com instituições e artistas, a Casa Roxa promove a cultura capixaba, acreditando no tripé potencializador que combina sociedade civil, comércio local e os governos, para ser uma ferramenta de transformação social e qualidade de vida.

Guilherme enfatiza a necessidade de reconhecimento a Secretaria Estadual de Cultura, através da gestão de Fabrício Noronha, por fortalecer o cenário cultural, mesmo durante o fechamento do Ministério da Cultura no último governo federal. Destacando a resistência capixaba, através dos editais do Funcultura e outros mecanismos importantes. Agora, com a recriação do Ministério da Cultura e a implementação das leis como a “Paulo Gustavo” e a “Aldir Blanc II” o Brasil retoma a nível nacional as políticas públicas culturais.

Guilherme, no entanto, destaca alguns desafios persistentes, como a necessidade de democratizar as artes, combater a elitização e enfrentar problemas como nepotismo, corrupção e falta de capacidade técnica. Ele reitera seu compromisso de não recuar diante dessas questões e de permanecer firme como líder na produção cultural e juventude política, ressaltando a importância das secretarias não se limitarem a apenas gerir editais, mas sim criar projetos e incluir artistas locais em seus quadros de servidores e nas programações das cidades, especialmente em territórios onde o coronelismo político ainda persiste.

Quem é Guilherme

Guilherme Nascimento, 29 anos, artista multifacetado e ativista dos direitos humanos, é filho de Juciane e Paulo Roberto. Além de ser o fundador do espaço cultural Casa Roxa, atua como escritor, dançarino coreógrafo, ator, compositor, roteirista, diretor, produtor cultural e arte educador. Originário de uma família humilde nas margens do Rio Itapemirim em Cachoeiro, é neto de Judite Pianes, tendo crescido entre as águas doces do Itapemirim e as praias salgadas de Marataízes, sob os cuidados dos avós maternos, Manoel de Souza e Dulcilene Espada.
Guilherme alcançou reconhecimento internacional ao publicar artigos como “Dança Educativa como Leitura de Mundo”. Sua missão é clara: democratizar as artes, valorizar a diversidade, resgatar a cultura tradicional popular e promover a inclusão, assim como contribuir para o retorno e fomento das bandas e fanfarras, além da construção de teatros municipais no sul capixaba e escolas públicas de artes na região.

Em 2022, lançou seu primeiro livro, “Amadé Ayé”, obra infantil juvenil que destaca os orixás mais cultuados no Espírito Santo. Para 2024, prepara o lançamento de sua segunda obra, “Curumim Yby”, que evidencia os deuses indígenas. Guilherme foi um dos 160 brasileiros selecionados para participar do MIC BR, o maior evento das indústrias criativas da América Latina, representando o Espírito Santo em Belém do Pará, onde ocorreu o evento.

Quanto à política, Guilherme, recentemente, tornou-se o candidato mais jovem a prefeito da história de Cachoeiro, nas últimas eleições municipais, sendo também o primeiro assumidamente LGBTQIAPN+. Atualmente é coordenador estadual da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH). Apesar de ter aberto mão da candidatura a deputado federal em 2022 para se dedicar à Casa Roxa, ele mantém viva sua paixão pela política. “O meu foco é permanecer na Casa Roxa, pois sei que faço a diferença na vida de diversas pessoas. Porém, continuo acreditando que a juventude, ainda muito invisibilizada, tem um chamado para ocupar os espaços de representatividade e decisão, por isso quando o chamado for mais forte para as urnas eu voltarei a me colocar à disposição para construir. ” Explica Guilherme Nascimento.

O Garoto da Cultura chega com tudo em 2024. “Continuaremos a fazer o que nos propomos, arte e cultura da quebrada, com qualidade, humanizada, que evidencia a identidade do nosso povo, seja da periferia ou do interior. Estou muito animado com o próximo ano e com boas expectativas. Desejo a todos um feliz Natal e um próspero Ano Novo”, finaliza Guilherme Nascimento.

 

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