Crônicas
Istambul
Com o cristianismo e o Imperador Constantino torna-se Constantinopla até 1453. Neste ano, inicia-se a era Otomana e seu nome definitivo: Istambul.
Por: Sergio Damião em 30 de junho de 2020
Alguns anos atrás visitei a Turquia e escrevi: inicialmente Bizâncio, capital dos Romanos no oriente. Com o cristianismo e o Imperador Constantino torna-se Constantinopla até 1453. Neste ano, inicia-se a era Otomana e seu nome definitivo: Istambul. Atualmente, capital cultural da Turquia e cidade Museu da Humanidade – assim como Roma, Londres e Paris. Única cidade do mundo situada entre dois continentes (Europeu e Asiático), uma cidade, até então, de tolerâncias religiosas (Cristã, Judia e Muçulmana). Em 1923, o sultonato Otomano desaparece e nasce a república Turca, um país parlamentarista e laico. Apesar de quase todo povo, setenta milhões de pessoas, serem mulçumanos (islâmico), e maior parte dos cristãos ortodoxos, aparentavam uma convivência pacífica, apesar de todo conflito étnico da região nos primeiros anos do séc. XX. A capital administrativa e política é Ankara, uma região da Anatólia Central. A criação da república e a transferência da capital turca se devem as ações de Mustafa Kemal Ataturk, falecido em 1938 e venerado por homens e mulheres turcas. A Turquia localiza-se em região estratégica do mundo. Marcas de sua ocupação pelos humanos datam da pré-história, de períodos longínquos, antes do Neolítico (10.000 anos A.C.) Berço de civilizações mais recentes, rota de comércios (idas e vindas de oriente para ocidente), local de ocupações de grandes Impérios (persa, grego, romano, bizantino e otomano), marcas da presença dos primeiros cristãos encontra-se na Anatólia – em moradias vulcânicas na Capadócia, moradia e local da morte da virgem Maria e caminhos da evangelização de Paulo. Na Capadócia a natureza e suas erosões em território vulcânico são observadas em passeios de balões onde se pode observar uma região comovente. A República Turca surpreendia. Surpreendia pelos direitos das mulheres em um país mulçumano. Com a pandemia do Covid-19, intolerância crescente no mundo, a Turquia e o restante do mundo, Brasil incluído, enviam sinais que a democracia e tolerância diminuem dia a dia. O vermelho e a lua em quarto crescente com a estrela solitária de sua bandeira é a esperança de vitória da república laica turca.