Cidades

Leonardo Monteiro é o novo presidente da Selita

Ele assume a cooperativa em meio a uma crise mundial e tem o desafio de conduzir uma das principais empresas do Estado em meio a esse cenário

Por: Redação em 13 de abril de 2020

Uma das principais empresas de Cachoeiro de Itapemirim e Sul do Espírito Santo, a Selita está com novo presidente: Leonardo Monteiro. Ele tomou posse no início desse mês e, entre tantos desafios, está o de conduzir a cooperativa em meio a crise gerada pela pandemia do coronavírus. Marca forte, responsável por centenas de empregos, a Selita está construindo uma nova sede, mais moderna e sustentável. Leonardo fala nessa entrevista sobre seus desafios e os próximos passos da empresa.

Quais os primeiros e principais desafios à frente da Selita?
Selita é uma empresa sólida e bem estruturada administrativa e financeiramente, graças ao bom trabalho desenvolvido pelos dirigentes que me antecederam. No entanto, a dinâmica do mercado e atendimento às necessidades dos agricultores associados, exigem atenção constante. Creio que nossos maiores desafios serão garantir o desenvolvimento equilibrado da empresa, em meio à turbulência prevista na economia e a conclusão da nossa nova planta industrial, que deverá ser uma das mais modernas do país, com diminuição de custo gerenciais que dão viabilidade e necessidade à obra.

Hoje, em sua opinião, qual o carro-chefe da cooperativa?
A Selita possui um portfólio com mais de setenta de produtos, todos reconhecidos pelos consumidores, pela alta qualidade. Se considerarmos o volume de vendas e a participação na receita da Cooperativa, o Leite UHT é o mais importante, mas com a nova indústria teremos uma venda maior de novos produtos com maior valor agregado.

Como está o andamento da construção da nova sede?
As obras de alvenaria estão dentro do cronograma previsto e deverão ser concluídas nos próximos meses. Em seguida, será iniciada a fase de instalação dos equipamentos e os respectivos testes, necessários para que a planta entre em funcionamento.

O coronavírus tem trazido consequências inimagináveis para todos os setores. Como tem sido na Selita?
Nós estamos, como toda sociedades, preocupados com as possíveis consequências desta pandemia, tanto para a economia, como para a saúde das pessoas. Temos orientado os colaboradores e associados para os cuidados e adotado todas as medidas de prevenção recomendadas pelas autoridades, contribuindo, inclusive, com a desinfecção de áreas públicas. Hoje cerca de 70 funcionários do grupo de risco estão em casa e com as faltas abonadas. Os cooperados estão conscientes das medidas que foram tomadas, como a restrição de acesso à cooperativa, eles tem hoje todas as informações pela internet no Portal do Cooperado. Só comparecendo a Selita em último caso, somente quando se faz necessário.

Quais as medidas adotadas na hora de recolher o leite com o produtor rural, até o que chega a mesa dos clientes?
Além do uso de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) pelos motoristas e técnicos, orientamos aos produtores que evitem o contato com pessoas que vêm de fora da propriedade e sobre as medidas de higienização e desinfecção das instalações e equipamentos para evitar a doença. Os cooperados e o nosso quadro de colaboradores estão desempenhando um papel fundamental e nobre nesse momento de pandemia. Nós estamos trabalhando para não deixarmos de coletar o leite na propriedade e garantir o abastecimento dos nossos produtos para a sociedade.

O que os capixabas, em especial os moradores da região sul do ES, podem esperar da Selita para os próximos anos?
A Cooperativa está se estruturando para permanecer no grupo das maiores e melhores empresas do setor de laticínios no país. Temos consciência da importância da Selita para o desenvolvimento regional e do estado e, por isso, nosso foco está na melhora da qualidade da gestão, de modo a garantir a estabilidade da empresa e o seu desenvolvimento não somente nesse momento de crise.