Cultura

Livro digital apresenta memórias do período da escravidão em Itapemirim

Foram analisados os livros de tombo do século XIX e os livros de batismos e de óbitos de escravizados – um total de 7 livros do acervo, que, juntos, possuem cerca de 1.700 páginas.

Por: Redação em 11 de setembro de 2023

Foram analisados os livros de tombo do século XIX e os livros de batismos e de óbitos de escravizados – um total de 7 livros do acervo, que, juntos, possuem cerca de 1.700 páginas

 

Esse livro digital é fruto de um trabalho realizado por uma equipe de pesquisadores, iniciado no ano passado, que consistiu no tratamento arquivístico de uma parte do acervo que se encontra na secular Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, no município de Itapemirim.

Foram analisados os livros de tombo do século XIX e os livros de batismos e de óbitos de escravizados – um total de 7 livros do acervo, que, juntos, possuem cerca de 1.700 páginas. Todos os dados colhidos nesses livros foram organizados de forma sistemática e disponibilizados no e-book, que também contextualiza a situação econômica, política e social da região no período da escravatura, inclusive com fotografias e mapas da época.

“Neste trabalho, procuramos apresentar um panorama sobre os principais lugares de memória da escravidão e da luta pela liberdade no sul do Espírito Santo, e isso foi possível graças aos dados registrados nesses livros, que são uma fonte de pesquisa essencial para compreendermos diversos aspectos da sociedade de quase 200 anos atrás e que ainda se refletem na atualidade”, afirma Genildo Coelho Hautequestt Filho, arquiteto e um dos integrantes da equipe de pesquisadores.

O e-book já está disponível, na íntegra e gratuitamente, nos seguinte endereço: www.afci.site/livros-documentarios-e-cds.

Este projeto foi financiado pelo Funcultura, da Secretaria de Estado da Cultura – Secult, por meio do Edital 11/2021: Seleção de Projetos Culturais e Concessão de Prêmio para Inventário, Conservação e Reprodução de Acervos no Estado do Espírito Santo, e conta com o apoio da Associação de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial Cachoeirense e do Estúdio de Arquitetura Inovar.