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Médica fala dos benefícios do parto na água para a mãe e o bebê

A ginecologista e obstetra da Maternidade Unimed Fabianny Bedim explica que a água torna o parto mais leve, reduz os riscos de laceração perineal e que a sua temperatura é importante para promover o relaxamento muscular e atenuar a sensação causada pelas contrações.

Por: Redação em 23 de outubro de 2020

Ao contribuir com o alívio da dor e permitir o nascimento de forma natural e menos traumática, o parto na água figura como um procedimento seguro que traz benefícios para a mãe e o bebê. Na Maternidade da Unimed, em Cachoeiro de Itapemirim, esse tipo de parto é uma possibilidade para as mulheres que tiveram uma gestação tranquila e sem intercorrências.

A nutricionista e coach Raquele Monteiro, de 33 anos, é uma delas. No último dia 7 de outubro, ela deu à luz sua segunda filha, Luma, que nasceu na água com 40 semanas e quatro dias. Foram cinco horas de trabalho de parto, que Raquele define como uma experiência como maravilhosa.

“A minha primogênita tem um aninho e também veio ao mundo de parto normal. Porém, na água foi incrível. As dores são bastante amenizadas. Eu consegui relaxar e curtir cada momento do nascimento e mantive a mente equilibrada quando precisei da máxima força física e emocional”, conta.

Ela diz que desde o início da gestação já tinha optado pelo parto na água pensando na rápida recuperação. Também contou com o apoio do marido, o empresário Lucas Mion Fiorido, de 24 anos, que foi fundamental durante o processo. “Ele esteve comigo segurando a minha mão e me olhando nos olhos. Ele dizia que eu era maravilhosa, que faltava pouco para a nossa filha estar com a gente, que eu era forte e que me amava. Ouvir isso me dava força para continuar e aliviava as dores”, afirma Raquele, que vive em Cachoeiro de Itapemirim com a família.

Sobre a assistência que recebeu dos profissionais da maternidade no dia do parto, ela é só elogios. “Eu só tenho a agradecer a toda a equipe. Eles foram maravilhosos e muito humanos. Cuidaram de cada detalhe. Sempre me ajudaram a manter a calma e colaboraram para que tudo ocorresse do meu jeitinho”, ressalta Raquele.

Para deixar tudo ainda mais emocionante, a bebê nasceu no mesmo dia da irmã mais velha, Liz, que acaba de completar um aninho. “Foi uma grande coincidência”, diz a nutricionista.

 

Temperatura da água é importante

 A ginecologista e obstetra da Maternidade Unimed Fabianny Bedim explica que a água torna o parto mais leve, reduz os riscos de laceração perineal e que a sua temperatura é importante para promover o relaxamento muscular e atenuar a sensação causada pelas contrações. “A temperatura deve estar morna, em torno dos 37 graus Celsius, levando em consideração sempre a tolerabilidade da paciente”, afirma.

De acordo com a médica, não há riscos de afogamento para o bebê, já que nos primeiros segundos de vida o recém-nascido ainda está respirando pelo cordão umbilical. “Além disso, o parto na água oferece temperatura e ambiente semelhantes ao útero por conta do líquido amniótico. Isso faz com que o bebê sinta menos os efeitos externos, como luz e barulho”, frisa Fabianny Bedim.

A ginecologista e obstetra destaca que toda mulher com gestação de baixo risco e sem analgesia pode ter um parto na água. Só em gestantes de alto risco esse tipo de parto não é indicado por conta da dificuldade de monitorização fetal.

Ela participou do parto da nutricionista Raquele e define a paciente como uma pessoa forte e determinada. “Ela sempre soube que queria trazer a sua princesa ao mundo da forma mais natural. O trabalho de parto não ocorreu de forma espontânea, tivemos que induzi-lo. Apesar disso, o processo evoluiu muito bem e de forma rápida. Luma nasceu de um lindo parto na água, chorando, foi para os braços da mãe e recebeu o carinho do pai ainda na água morna. Já a Raquele teve uma recuperação rápida, com períneo íntegro e recebeu alta em 24 horas”, diz a médica.

A Maternidade Unimed tem toda a estrutura necessária para oferecer conforto e segurança para as grávidas e seus bebês. A sala de parto é equipada com uma banheira para apoiar as mamães que desejam ter o filho na água. “A banheira, além de servir para a realização do parto na água, tem a função não farmacológica de alívio da dor. Temos profissionais altamente capacitados e uma equipe multidisciplinar para dar a assistência que a gestante precisa”, afirma a enfermeira coordenadora da Linha Assistencial Materno Infantil, Gabriela Fraga.

Raquele Monteiro ao lado do marido e da filha Luma

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