Artigo

Metamorfose

Quando se dá a percepção? A consciência? Quando é que a ficha cai? Que a luz ascende? Bingo!!!

Por: Janine Bastos em 27 de setembro de 2021

Quando se dá a percepção? A consciência? Quando é que a ficha cai? Que a luz ascende?
Bingo!!!
Quando é?
Quando é que depois de sair do casulo, ainda meio lagarta, a borboleta toma consciência das suas asas?
Se dá tempo de desamassar as dobras, se sacode, toma um ar, um sol, se expande e se dá conta, que agora nesta nova fase é capaz e voar, já não precisa se arrastar, como quando era lagarta.
Tem um delay aí, um time, um estalo, um grito de eureca, um fato que desperta. Temos marcos, metas verdadeiramente importantes. Não para o ego, narcisismo ou brilho próprio.
Metas, para que a percepção de si, e de sua força, do seu fazer se dê. E assim possamos nos reconhecer, como de fato somos. Como almejamos ser, não por narcisismo, mas por necessidade, pelo self, pela saúde da nossa vida psíquica, do nosso EU sagrado.
Sagrado não por ser superior, mas sim, pois sem ele não se é possível viver, a vida é em si o sagrado, somos apenas portadores deste estado sagrado.
É quando as necessidades básicas do indivíduo, de alimentação, segurança e respeito se dão, que já podemos nos ver assim borboletas. Dignos por natureza, por se dizer natural.
As asas desentortam, criam coragem, tomam consciência, da força, da vitalidade. Pronto, voei, me achei, m encontrei. Me vi borboleta.
Mas antes precisei entrar no casulo, me fechar, fazer contato com essa fase da mudança, do incerto, dos medos, do novo, da transformação, do sair borboleta, mas ainda não ter a consciência. Se ver molhada, amassada, se notando destruída, mas na verdade, era apenas uma nova fase, digo uma nova forma, que ainda não tinha sido absorvido. Caído a ficha, chegada a hora, o voo se deu. Demonstrando assim, que a passagem se deu.
Não foi fácil, mas agradeço a Deus, o milagre que Ele concedeu. Que aconteceu ali, na natureza e aqui, em meu natural.