Crônicas
Mudanças climáticas
Tomo conhecimento das notícias sobre a COP 30, o tema tanto me mobiliza que me reporto, em pensamento, aos espaços de discussão.
Por: Marilene Depes em 19 de novembro de 2025
Tomo conhecimento das notícias sobre a COP 30, o tema tanto me mobiliza que me reporto, em pensamento, aos espaços de discussão. Considero-me testemunha viva das mudanças climáticas, e contrária a sustentação daqueles que a negam – em geral terraplanistas ou contra a eficácia das vacinas. Há mais de quarenta anos resido no centro de Marataízes, e da varanda de minha casa acompanhei a evolução do mar, que apreciávamos à distância e que, com o passar dos anos foi invadindo as praias, destruindo os quebra-mares, e atingindo ruas e casas, forçando os governantes improvisarem barricadas de pedras e construírem decks, para proteger as cidades na orla. E não cito só Marataízes, em todas as praias brasileiras a situação é recorrente, o mar avança à medida que a Terra perde trilhões de toneladas de gelo. E no verão, em minha adolescência, já à tardinha usávamos pulôveres e gorros de lã, e atualmente os banhistas se mantém na praia até à noite. Citei miudezas, diante dos fatos incontestáveis que são as tragédias climáticas que atingem todo mundo.
Uma Conferência das Partes para discutir as mudanças climáticas, possui todo um contexto exatamente no coração da Amazônia, sendo ela a 30º, na qual participam 194 países e a União Europeia, com líderes políticos, cientistas e representantes da sociedade, a fim de debaterem e criarem soluções para a grave questão climática.
Os temas são: redução de emissão de gazes de efeito estufa, adaptação das mudanças climáticas, tecnologia de energia renovável, soluções de baixo carbono, preservação das florestas e biodiversidade, incluindo a execução de políticas sustentáveis. Afinal, o objetivo principal é a preservação ambiental, sendo para tanto primordial que ocorra o engajamento da sociedade civil e dos setores produtivos.
O Brasil possui potencial para se tornar uma liderança mundial no que se refere as questões climática, foi ele que deu o pontapé inicial quando sediou o Rio-92, há 30 anos. O mundo inteiro observa o evento como um divisor de águas, para o futuro das negociações climáticas. A meta principal é que o mundo avance, a fim de atingir economia sustentável e que todos os países estabeleçam acordos climáticos. E aos negacionistas a natureza está respondendo à altura.