Saúde

Neurologista da Unimed Sul Capixaba dá dicas essenciais para o combate à cefaleia

Saiba os principais tipos de dores de cabeça, causas e estratégias não medicamentosas para tratamento e prevenção.

Por: Redação em 15 de maio de 2024

Frustrated young Afro American businessman feeling stressed after hard work, having tired expression, keeping his hand on eyes, resting for minute. Overworked mixed race male feeling stressed

Com a proximidade do Dia Nacional de Combate à Cefaleia, em 19 de maio, a conscientização sobre as diferentes formas de dores de cabeça torna-se primordial. Para abordar esse tema, o neurologista Marcos Paulo Travaglia, da Unimed Sul Capixaba, explica sobre os tipos de cefaleia, suas causas e estratégias eficazes de combate.

Travaglia ressalta que os principais tipos de cefaleia são a tensional, a enxaqueca (migrânea) e a cefaleia em salvas. “A cefaleia tensional é caracterizada por uma dor em pressão ou aperto, como uma faixa ao redor da cabeça, geralmente bilateral. A dor pode durar de 30 minutos a vários dias e possui intensidade leve a moderada”.

Ele lembra que a enxaqueca apresenta uma dor pulsante, geralmente unilateral, que pode durar de 4 a 72 horas, com intensidade moderada a grave, costuma ser acompanhada por náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia), e até pela presença de aura (distúrbios visuais ou sensoriais que precedem a dor).

Já a dor extremamente intensa, unilateral, ao redor do olho ou na têmpora, são características da cefaleia em salvas. “A dor pode durar de 15 a 180 minutos e é descrita como muito grave. Os sintomas associados incluem lacrimejamento, congestão nasal, sudorese facial, ptose (queda da pálpebra) e inquietação”, relata Travaglia.

Segundo o médico, as causas mais comuns de cefaleia variam conforme o tipo. “A cefaleia tensional é geralmente causada por estresse, tensão muscular e má postura. A enxaqueca pode ser desencadeada por fatores genéticos, desequilíbrios hormonais, certos alimentos, estresse e falta de sono”.

Ele explica que a causa exata da cefaleia em salvas é desconhecida, mas pode estar relacionada a ritmos circadianos. “Ela é identificada por seu padrão cíclico, com crises que ocorrem em série, muitas vezes na mesma época do ano”.

Os sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar ajuda médica imediata são dor de cabeça súbita e intensa, e cefaleia acompanhada de febre, rigidez no pescoço, confusão mental, convulsões, visão dupla, fraqueza, dormência ou dificuldade de falar.

Ainda, a dor de cabeça após um trauma na cabeça, a cefaleia crônica que piora progressivamente, novas cefaleias em pessoas com mais de 50 anos, e cefaleia associada a sintomas neurológicos, como paralisia ou perda de consciência, também indicam a necessidade de avaliação médica imediata.

De acordo com o neurologista existem diversas estratégias não medicamentosas eficazes para o tratamento e prevenção da cefaleia, como acupuntura, técnicas de relaxamento, meditação, ioga e exercícios de respiração profunda, que ajudam a reduzir o estresse e a tensão muscular.

Para o médico da Unimed Sul Capixaba, mudanças no estilo de vida também são fundamentais. “Manter uma rotina regular de sono, evitar gatilhos alimentares, garantir hidratação adequada e praticar exercícios físicos regularmente são medidas importantes. Além disso, dietas e suplementos podem ajudar; identificar e evitar alimentos desencadeantes”, completa Travaglia.