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O Brasil e seu perfil de proletariado
A crítica que se faz, portanto, é exclusivamente à falta de estímulo ao empreendedorismo, à falta de educação financeira e noções básicas de administração que deveriam compor até mesmo a grade curricular infantil.
Por: Redação em 19 de outubro de 2021
Desde a colonização o Brasil se mostra como berço farto de mão de obra. Inicialmente pela escravidão de índios e negros e, posteriormente, europeus a baixo custo. Esses trabalhadores não só contribuíram grandemente para o desenvolvimento do país como são, também, autores – devido às circunstâncias – de uma herança carregada até hoje.
Desde a tenra idade o brasileiro é conduzido ao proletariado, os pais quase sempre se desdobram para que os filhos estudem nas melhores escolas, e que assim possam cursar as melhores universidades, especializarem-se e obterem um PhD para, no final quase sempre ocorrente… conquistarem um bom emprego.
Indubitavelmente, a disponibilidade de pessoal humano para execução de trabalhos, braçais ou intelectuais, mostra-se imprescindível à evolução econômica de qualquer nação, tornando possível a execução dos mais variados tipos de trabalho a fim de produzir riqueza e proporcionar o bem comum. E, obviamente, não há qualquer problema em ser empregado ou integrar a camada proletária da sociedade. Mas para se tornar realmente grande e mundialmente competitivo, um país necessita de quem se disponha a assumir responsabilidades e que se dedique a pensar grande e empreender.
Fato é que o Brasil ainda muito carrega daquilo que lhe foi imposto nos últimos 500 anos. Por cultura ou comodismo, a grande maioria ainda prefere ter a certeza do pouco do que a dúvida do muito. E não é por menos, já que por aqui empreender é uma luta diária entre quem se arrisca e o Estado. Um emaranhado de normas quase impossível de se conhecer na completude, sanha arrecadatória do fisco, ausência de apoio dos entes públicos e mais um tanto de outras dificuldades.
A crítica que se faz, portanto, é exclusivamente à falta de estímulo ao empreendedorismo, à falta de educação financeira e noções básicas de administração que deveriam compor até mesmo a grade curricular infantil.
O povo brasileiro é detentor de um grande potencial. Criativo, corajoso, inteligente, otimista e resiliente, qualidades essenciais para um empreendedor, necessitando apenas de uma mudança de cultura e de que o poder público dê a devida importância ao assunto “empreendedorismo”.