Bichos

Obesidade em pets: como prevenir, identificar e tratar

Assim como os humanos, cães e gatos também podem estar acima do peso - e a obesidade em pets oferece riscos à saúde deles. Mas quais sinais deve-se levar em conta para saber se o animal de estimação está obeso?

Por: Redação em 30 de março de 2023

 

Assim como os humanos, cães e gatos também podem estar acima do peso – e a obesidade em pets oferece riscos à saúde deles. Mas quais sinais deve-se levar em conta para saber se o animal de estimação está obeso? E caso esteja, o que fazer?

A médica-veterinária e supervisora da Clínica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário do Grupo UniEduK, Ana Letícia Rubello, explica quais raças são mais propensas a desenvolver a doença e em que idade, além do que fazer para evitar que os bichos sofram com o excesso de peso.

“Entre os cachorros, a propensão à obesidade é maior para Basset Hounds, Beagles, Cocker Spaniels, Dachshunds e Labradores. Já entre os gatos, Manx, Maine Coon e Russian Blue”, enumera. Outros fatores podem fazer com que o animal fique acima do peso, como genética, idade, sedentarismo e erros na dieta.

“O comportamento dos tutores influencia, principalmente na administração petiscos e outras guloseimas”, diz a veterinária, ressaltando que os sinais podem aparecer principalmente quando os pets têm entre 7 e 11 anos. “O peso corporal pode ser um sinal indicador, variando entre raças e faixas etárias, além de cansaço fácil e intolerância a exercícios”.

Exames

Se perceber que o bicho apresenta esses sintomas, leve ao veterinário. “O diagnóstico de obesidade em animais é realizado por inspeção e palpação direta. Pode-se estimar a porcentagem de gordura corporal pelas medidas da circunferência pélvica e do comprimento da tuberosidade do calcâneo (tendão) ao ligamento cruzado. Exames de imagem, como ressonância e tomografia, também auxiliam”, conta.

Tratamento

Uma mudança na alimentação para estimular a redução de peso e dietas com restrição calórica estão entre as medidas a serem tomadas. “As refeições devem ser ofertadas de 2 a 4 vezes por dia, com a quantidade específica para cada animal. A alimentação caseira é a mais saudável e nutritiva mas, caso não seja possível, podem ser utilizadas rações com ingredientes de qualidade e sem corantes”, afirma, ressaltando que esta dica vale para todos os cães e gatos, estejam obesos ou não.

A prática de atividade física também é importante. “As caminhadas são essenciais para a perda calórica. Dê preferência a locais abertos, em horários adequados, e respeite sempre os limites físicos do animal. Apesar de não precisar de passeios regulares, os gatos podem ser estimulados por meio de brinquedos recreativos”, diz a veterinária.

Consequências

Caso o animal esteja nessa acima do peso e não receba tratamento, vários problemas de saúde podem aparecer. “Artropatias (problemas nas articulações), distúrbios circulatórios (hipertensão), endocrinopatias (diabetes mellitus), restrição respiratória, hiperlipemia (gordura no sangue) e esteatose hepática (gordura no fígado). Além de interferirem na qualidade de vida e na longevidade, pode levar o animal a óbito”, alerta Ana Letícia.

 

Fonte: Obesidade em pets: como prevenir, identificar e tratar | Smart | Casa Vogue (globo.com)