Economia

Produção da indústria do Espírito Santo cresce 3,7% em julho

De acordo com dados do IBGE, ao longo dos sete primeiros meses deste ano, a produção da Indústria capixaba já acumula alta de 11%. A presidente da Findes, Cris Samorini, explica que o ES teve um dos melhores resultados.

Por: Redação em 9 de setembro de 2021

A atividade que teve maior destaque foi a de fabricação de papel e celulose,

 

A Produção Industrial Mensal (PIM) do Espírito Santo cresceu 3,7%, no mês de julho, em comparação com o mês imediatamente anterior. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), ao longo dos sete primeiros meses deste ano, a produção da Indústria capixaba já acumula alta de 11%.

A presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini, explica que o Estado teve um dos melhores resultados do Brasil.

“A produção industrial mensal recuou em oito dos 15 locais pesquisados em julho. A indústria do nosso Estado teve o segundo melhor desempenho do país, ficando atrás somente da Bahia (6,7%). Sabemos que ainda temos muito a crescer, mas este é um resultado a ser comemorado”, enfatiza.

Com relação ao acumulado do ano, Cris Samorini lembra que os primeiros meses foram mais difíceis devido às medidas restritivas de isolamento para o controle da pandemia da Covid-19. “Porém, conforme a flexibilização dos protocolos sanitários, o consumo foi aumentando o que fez com que a produção industrial fosse positivamente impactada”, explica.

 

DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DA INDÚSTRIA DO ES

Ao olhamos os setores industriais separadamente, na comparação entre o acumulado de janeiro a julho de 2021 com o mesmo período de 2020, a atividade que teve maior destaque foi a de fabricação de papel e celulose, com alta de 36,3%, seguida pela fabricação de produtos minerais não-metálicos (36%) e metalurgia (34,6%).

Também tiveram resultados positivos as indústrias de transformação (28,2%) e a fabricação de produtos alimentícios (9,8%). O único segmento que obteve desempenho negativo, na mesma base de comparação, foi a indústria extrativa (-13,4%).

Já quando confrontarmos os meses de julho de 2021 e julho de 2020, a indústria geral produziu 9,4% a mais neste ano, o melhor resultado do país. O desempenho deve-se principalmente à performance da metalurgia, com alta de 76,3%. Outros setores também tiveram destaque como a transformação (21,9%), fabricação de produtos de minerais não-metálicos (21,7%) e fabricação de celulose, papel e produtos de papel (10,4%).

O índice só não foi maior porque a indústria extrativa (-9,7%) e a fabricação de produtos alimentícios (-7,2%) retraíram nessa base de comparação.

 

EM RELAÇÃO A JULHO DE 2020, SETE ESTADOS APRESENTAM ALTA

Na comparação com julho do ano passado, cujo crescimento nacional foi de 1,2%, sete dos 15 locais pesquisados apresentaram avanço na produção. Espírito Santo (9,4%), Minas Gerais (8,6%), Paraná (8,2%) e Santa Catarina (7,8%) tiveram as maiores altas. Rio de Janeiro (2,8%), Rio Grande do Sul (2,4%) e São Paulo (1,3%) completaram o conjunto de locais com crescimento em julho.

Por outro lado, Bahia (-12,2%), Pará (-10,9%) e Região Nordeste (-9,6%) tiveram as quedas mais intensas nesta comparação, seguidos por Pernambuco (-8,6%), Amazonas (-8,1%), Ceará (-3,2%), Mato Grosso (-3,1%) e Goiás (-3,0%). Vale citar que julho de 2021 (22 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (23).

Bernardo Almeida, analista da PIM, ressalta que, nesse mês, os resultados positivos elevados na comparação com julho de 2020 são influenciados, em grande parte, pela baixa base de comparação.

“No mesmo mês do ano passado, o setor industrial ainda se encontrava pressionado pelas paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, mas já ensaiava o início da retomada de produção, devido à flexibilização de medidas de isolamento social”, finaliza.