Beleza

Queda de cabelo pode ser causada pelo estresse do isolamento

O estresse pode ser um fator determinante para a alopecia areata, uma calvície causada pela inflamação dos folículos, que pode ou não ser temporária. Um momento de estresse ou de doenças autoimunes podem desencadear essa alopecia.

Por: Redação em 25 de agosto de 2020

Seus cabelos estão mais fracos nos últimos meses e caindo mais do que o normal? Toda vez que você vai penteá-los, tem a impressão que tira um tufo de uma vez? Esse problema pode ter uma explicação. Especialistas da saúde que afirmam uma queixa 30% maior de queda de cabelo desde o início de março, ou seja, com o início da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

O estresse pode ser um fator determinante para a alopecia areata, uma calvície causada pela inflamação dos folículos, que pode ou não ser temporária. Um momento de estresse ou de doenças autoimunes podem desencadear essa alopecia. No cenário atual, tem maior relação com a ansiedade e a nova rotina das pessoas. O cortisol, hormônio que se altera durante o estresse, interrompe a entrada e absorção dos nutrientes na região capilar, prejudicando o crescimento dos cabelos.

As estações do ano também podem ter relação com a queda de cabelo. Na transição do outono/inverno é normalmente a época que mais ocorre a perda de fios. Além do estresse gerado pelo momento que estamos vivendo, também há uma relação direta entre coronavírus e alopecia areata. Alguns pesquisadores relatam que 40% das pessoas que testaram positivo para Covid-19 são também pacientes de alopecia avançada. Um dado curioso é que homens têm uma porcentagem maior de óbito do que mulheres, e a explicação está na genética.

O gene TMPRSS2 encontrado em hormônios masculinos, seria um facilitador para o vírus se multiplicar. A calvície androgenética também está ligado diretamente a ação desses hormônios masculinos andrógenos. O hormônio cortisol que é liberado em situações de estresse crônico é um hormônio catabólico que faz com que a síntese proteica seja reduzida, e com isso, menos nutrientes chegam aos fios também.

É muito importante ficar atento com a alimentação e o sono, que podem também influenciar a queda dos fios. A alteração de hábitos alimentares e sono podem aumentar a oleosidade do couro cabeludo, provocando dermatite seborreica, o que aumenta em pelo menos 20% a chance de um fio cair.

Existe um tratamento clínico para cuidar da alopecia areata, mas cada caso é um caso e precisa de diagnóstico médico para ter um procedimento específico. Normalmente se utiliza loções manipuladas de uso tópico, medicamentos via oral anti androgênicos, vitaminas, microagulhamento, sessões de mesoterapia, MMP e fototerapia com uso de laser e LED, para estimular o folículo piloso. Mas é importante lembrar que cada caso deve ser analisado individualmente.

Mas também é possível fortalecer as madeixas em sem sair de casa. O melhor tratamento é manter a rotina de cuidados habituais: Lavar os cabelos todos os dias ou no máximo em dias alternados. Incluir atividades físicas no dia a dia é essencial, assim como dedicar-se a algo que dê prazer, a fim de aliviar o estresse. E claro, cuide da saúde mental e beba muita água.

Além de cuidar da higiene, dos cabelos, é importante ter uma rotina de cuidados com bem-estar. Minha sugestão é fazer uma rotina em casa com horário para acordar, alimentação adequada em qualidade e quantidade, exercícios físicos e sono. Desligue de noticiários ruins e aja somente no que está ao no seu alcance e pode ser controlado, pois isso ajuda muito a mudar o mindset e reduzir a reação de luta e fuga instalada no organismo.

As máscaras para cabelo também podem ser ótimas aliadas nesse processo. Se os fios são descoloridos, deve respeitar o calendário de hidratação, nutrição e reconstrução para recuperação dos fios. O ideal seria alternar máscaras de reconstrução, nutrição e hidratação, pois assim estaria fornecendo as bases para a recuperação necessária aos fios.