Cotidiano
Reabertura das academias: quais cuidados devemos ter?
Outras localidades permitem que as academias funcionem. Mas será que somente essas normas já são suficientes para evitar o contágio? O que os estabelecimentos e quem está pensando em voltar podem fazer para reforçar ainda mais a segurança?
Por: Redação em 27 de agosto de 2020
No
dia 11 de julho, a Prefeitura de São Paulo decretou a reabertura das academias e estúdios esportivos. A medida caminha no sentido da flexibilização do estado de quarentena na cidade, mas também impôs rigorosas diretrizes de higiene para que o coronavírus não se propague ainda mais.
O município paulista não é o único no Brasil: outras localidades afrouxaram as medidas de segurança e também permitem que as academias funcionem. Mas será que somente essas normas já são suficientes para evitar o contágio? O que os estabelecimentos e quem está pensando em voltar podem fazer para reforçar ainda mais a segurança?
E o que podemos fazer?
E se as academias e estúdios estão fazendo a parte deles, a gente também precisa fazer a nossa. O combate à pandemia precisa do apoio conjunto das empresas, do governo e dos cidadãos. Os usuários têm que estar conscientes de suas responsabilidades também, afinal, não vamos superar a crise sozinhos. Apesar da flexibilização, a maioria das cidades ainda se encontram na fase amarela.
As duas formas de transmissão do coronavírus são pelo ar e contato. Por isso é recomendado deixar os ambientes muito bem ventilados, com janelas e portas abertas. Sempre que você tocar qualquer área que pode estar contaminada (seja a catraca da entrada, pesinhos ou máquinas), deve limpar as mãos com álcool gel ou água e sabão. Vale dar uma borrifada de álcool 70% ou água sanitária diluída na sola dos sapatos antes de entrar também.
Antes e depois de usar algum equipamento, higienize as superfícies que encostou. Não esqueça a própria garrafinha de água (afinal os bebedouros ficarão desligados) e pelo menos uma máscara reserva. Deve haver a troca do objeto toda vez que ele ficar úmido. Quando a máscara fica molhada, ela deixa de ser útil, gruda no rosto, dificulta a respiração e provoca desconfortos, o que aumenta as chances de você tocar nela. Leve um saco plástico para guardar as usadas, lave as mãos antes e depois de trocar e pegue sempre nas alças da máscara para retirar e colocar, nunca no centro.
Reabertura das academias: Máscara e treino
Como se não bastassem todos os cuidados que devemos ter, muita gente anda reclamando do desconforto que treinar de máscara gera. Algumas esquentam, coçam, ficam completamente encharcadas de suor e dão a sensação de sufocamento. A máscara representa uma barreira física. Ela filtra o ar e dificulta a sua passagem, por isso muita gente sente incômodo o em se exercitar com ela.
Apesar de ser bem chato ter que malhar com ela, testes científicos garantem que o acessório não faz mal. Em uma pesquisa com 12 voluntários, por exemplo, o cardiologista Fabrício Braga, diretor médico Laboratório de Performance Humana (LPH) da Casa de Saúde São José, percebeu que o principal problema que o uso da máscara causa é realmente o desconforto. Quanto mais intenso é o exercício, maior é a necessidade de ar circulando nos pulmões. Como há a barreira física do objeto, realmente temos que fazer mais força.
O que realmente importa, é o percentual de oxigênio que recebemos ao puxar o ar (cerca de 21%). Já foi comprovado que a máscara não altera essa composição, e nem acumula gás carbônico (produto exalado na expiração).
O segredo para amenizar o desconforto, então, é começar aos poucos até se acostumar. Diminua a intensidade do exercício pelo menos no início, principalmente se você esteve parado na quarentena. Com 3 meses de atividade diminuída, perdemos nossa capacidade cardiorrespiratória. Isso, somado à máscara, pode gerar desmotivação e frustração. Recomenda-se também prestar atenção na respiração: prefira as longas e mais pausadas do que as curtas e com maior frequência.