Decoração

Retrofit: Tendência de arquitetura revitaliza e dá nova cara às edificações antigas

Com a necessidade de isolamento social e home office, as famílias buscaram tornar o lar um lugar mais moderno, mas sem abrir mão da personalidade e da história dos imóveis antigos. Neste cenário, o retrofit ganhou espaço.

Por: Redação em 26 de outubro de 2021

Liane Destefani

 

A casa ganhou papel protagonista na vida das pessoas nos últimos dois anos. Com a necessidade de isolamento social e home office, as famílias buscaram tornar o lar um lugar mais moderno, mas sem abrir mão da personalidade e da história dos imóveis antigos. Neste cenário, o retrofit ganhou espaço na arquitetura, conforme explica Liane Destefani, arquiteta e mestre em Arquitetura e Urbanismo.

“O retrofit não é uma reforma comum; é um projeto que busca renovar os ambientes sem abrir mão dos elementos arquitetônicos originais da obra e esse cuidado dá mais personalidade e identidade ao resultado final”, explica.

Além disso, a sustentabilidade é uma característica forte dessa técnica. A arquiteta exemplifica que, em um projeto de retrofit de uma casa com piso de madeira, esse material poderá ser preservado e restaurado em vez de se comprarem novos revestimentos. “Vale lembrar que o retrofit também agrega modernidade ao ambiente, utilizando elementos como cores, iluminação, texturas, entre outros recursos”, comenta Liane.

Dentro desse conceito de sustentabilidade proporcionado pelo retrofit, vale destacar que é possível garantir a redução de consumo de água e energia por meio da modernização das instalações elétricas e hidráulicas.

“Sem contar que as cidades podem se beneficiar de projetos de retrofit como um todo. Somente no Centro de Vitória foram contabilizados mais de 100 imóveis desocupados ou abandonados. Realizar um projeto de modernização, garantindo a manutenção das características arquitetônicas das edificações antigas, contribui para a valorização do centro da cidade, como local histórico, com reflexos na economia e no comércio locais”, destaca.

 

Déficit de moradias

De acordo com estudo divulgado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), o Espírito Santo possui um déficit habitacional de 116.510 moradias.