Artigo
Saúde Renal
. Na atualidade, diabetes mellitus e hipertensão são as causas mais frequentes e de evolução silenciosas. Uma causa preocupante é o Covid-19.
Por: Sergio Damião em 29 de março de 2021
Previna-se: é o nome, anos atrás, da primeira Campanha Nacional da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) para prevenção da doença renal crônica. Março é o mês do rim. A insuficiência renal crônica, deficiência completa na função dos rins, leva a necessidade da terapia renal substitutiva – hemodiálise, e posterior transplante, tornou-se uma epidemia mundial em consequência do envelhecimento da população, da sobrevida maior do diabético, obesidade e aumento das pessoas adultas com hipertensão arterial sistêmica. No passado, a doença renal crônica era causada, principalmente, pelas nefrites e cálculos (pedras). Na atualidade, diabetes mellitus e hipertensão são as causas mais frequentes e de evolução silenciosas. Uma causa preocupante é o Covid-19. Normalmente nascemos com dois rins e localizam-se na região lombar, nas costas, um de cada lado, cada rim pesa em torno de 150 gr e mede 12 cm. Podemos nascer e viver com um rim só, tanto que em vida podemos doar um rim para um parente que venha a precisar. Os rins filtram 25% de todo o nosso sangue a cada minuto; mantém o equilíbrio de água e sal dentro do corpo humano; produzem hormônios para evitar a anemia e fortalecer nossos ossos e controle da pressão sanguínea. Os rins possuem uma boa reserva funcional, e com isso, mesmo com lesão em suas células, podem por vários anos compensar essa perda. Por isso o alerta de “doença silenciosa”. Existe dor, muitas vezes insuportável, em caso de cólica renal, infecções urinárias e renais, nesses casos a disfunção, quando aparece, é reversível, dita insuficiência renal aguda. O exame de urina simples (EAS) e a dosagem da uréia e creatinina no sangue, exames baratos e de fácil realização, são recomendados principalmente para hipertensos, obesos, diabéticos e os com história na família de doença renal. A perda de proteína na urina é um bom marcador de lesão vascular renal e sistêmica. Diminuindo sua perda, controlando a hipertensão e mudanças de hábitos alimentares, diminuindo o sal na alimentação, podemos prevenir ou atenuar as doenças cardiovasculares – infarto do coração, derrame cerebral e insuficiência renal. Idosos e pessoas que já apresentam a doença renal devem evitar anti-inflamatórios. A doença renal crônica pode se manifestar em qualquer idade. Por isso, o alerta para a prevenção iniciar-se na infância – devemos ficar atentos às crianças com infecção urinária de repetição.