Economia

Sicredi em território sul capixaba

A primeira instituição financeira cooperativa do Brasil chega em território sul capixaba com planos ousados. No último dia 16, foi inaugurada a primeira agência em Cachoeiro.

Por: Redação em 20 de dezembro de 2021

Sidnei Strejevitch, presidente da cooperativa

 

Instituição centenária, com mais de 115 anos de história, o Sicredi, finalmente, chegou ao sul do Espírito Santo. Cachoeiro de Itapemirim e Marataízes são as cidades a receberem as primeiras agências nessa região. Mas não vai parar por aí. Quem garante é Sidnei Strejevitch, presidente da cooperativa.

A Sicredi União RS agora vai ganhar uma sigla em seu nome: ES. Aliás, eles já assinam assim: Sicredi União RS/ES. A primeira instituição financeira cooperativa do Brasil chega em território sul capixaba com planos ousados. No último dia 16, foi inaugurada a primeira agência em Cachoeiro, que fica na avenida Jones dos Santos Neves. A segunda agência, será inaugurada no dia 20. E a de Marataízes no dia 18 de dezembro.

Sidnei Strejevitch esteve em Cachoeiro essa semana, acompanhado do diretor executivo da Sicredi União RS/ES, Giovani John. Eles falaram com a nossa reportagem sobre a chegada da cooperativa, os objetivos para um futuro breve e como pretendem atuar no mercado.

Expansão
Segundo Sidnei, a equipe do Sicredi está em Cachoeiro desde janeiro. “Estamos contratando pessoas desde janeiro e formando cada uma delas. Trouxemos apenas 11 pessoas para as três agências, para o pontapé inicial. Mas o nosso olhar sempre foi para as pessoas da comunidade. Por isso estamos desde janeiro contratando gente e, em agosto, levamos parte desses colaboradores para o Rio Grande do Sul para trabalhar e se aprofundar a forma de o Sicredi atuar no mercado. É preciso entender o nosso jeito de ser, que não é apenas vender produto ou serviço, mas levar desenvolvimento para toda a comunidade e do associado”, contou.

Diferencial
Como instituição financeira, o Sicredi se equipara as demais, oferecendo, basicamente, os mesmos produtos e serviços. Mas Sidnei garante: o olhar não é apenas vender e crescer financeiramente. É preciso entender a necessidade do associado, entregando a ele o que ele verdadeiramente precisa. “A gente vem aberto a isso: formar nossa equipe para entender a filosofia do Sicredi, que é dialogar com o associado para entregar a ele a melhor solução naquele momento e não o convencer a adquirir algo que as vezes ele nem precisa”, comentou Sidnei.
“Não trabalhamos com meta, por exemplo, de vender seguro. Não temos metas, mas logicamente temos métricas e objetivos. Mas antes de vender, precisamos entender se o que estamos oferecendo é a necessidade do associado. Uma relação ganha-ganha. É como se fosse uma assessoria, para entregar uma solução que faça sentido”, acrescentou Giovani.

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa que pretende atender a todos, desde pessoas físicas, a pessoas jurídicas e até folha de pagamento de prefeituras e demais órgãos públicos. “Temos o olhar para todos os públicos. Desde o pequeno produtor, por exemplo, até quem está industrializando, podendo fazer o custeio agrícola, pecuário, enfim, estar junto as entidades, associações. E temos vários programas de desenvolvimento para isso”, acrescentou Sidnei.

 

Diretor Executivo da Sicredi União RS/ES, Giovani John

 

Projetos educacionais
O Sicredi atua para além de suas agências físicas. A cooperativa tem programas educacionais que alcançam toda a sociedade. “Levamos educação para o público externo. Temos um programa de educação financeira, por exemplo, para funcionários de empresas que são nossos clientes. Temos a clareza que se estiver com informações suficientes, com uma boa educação financeira, poderemos atender ainda melhor. Isso garante longevidade”, ponderou Sidnei.

Cooperativismo nas escolas
A gente faz um trabalho muito forte. Já atuamos há tempos assim no Rio Grande do Sul e queremos fazer isso aqui também. Tem um programa, por exemplo, chamado de “A União Faz a Vida”. É levar o cooperativismo para as escolas. Não é ensinar Sicredi nas escolas. É ensinar como as crianças podem trabalhar e se desenvolver mais e melhor, através da cooperação. Que elas possam cooperar entre elas e também dentro da comunidade escolar, em suas casas, enfim, com um olhar para o desenvolvimento geral da comunidade.

A escolha
É curioso, porque em um processo de expansão, é comum que o investidor visite a cidade e a região para onde está levando o seu negócio. Segundo Sidnei, isso não aconteceu com a Sicredi União RS antes de colocar o ES no nome. “Levantamos todos os dados socioeconômicos junto ao Banco Central achamos interessante população, dados econômicos, características de cultura, café, leite, pescado, abacaxi em Marataízes. Gostamos da região. Fizemos a assembleia no Rio Grande do Sul, mostrando todos esses dados. Foi aprovado. Dias depois, compramos a passagem e viemos conhecer. Olhamos apenas os dados. Tem gente? Tem! Então tem um trabalho a fazer. Vimos a população e o potencial econômico e apostamos nesse caminho. E fomos muito bem recebidos”, explicou.

Tecnologia x Atendimento presencial
“Gente gosta de gente. A mesma pessoa que deseja o atendimento através do WhatsApp ou do aplicativo do banco, também quer o olho no olho. Algumas coisas são resolvidas de maneira prática, mas tem momentos que a pessoa quer entrar em uma agência e ser atendida por outra pessoa. A nossa concepção é que todos enxerguem o Sicredi não apenas como uma agência, onde vai ter serviços e produtos, mas, por exemplo, para utilizar uma sala para reunião com quem você quiser, mesmo que não seja nosso associado. Precisa de um local para acessar a internet e usar um computador? Pode vir no Sicredi. Queremos estar integrados com a comunidade, para que utilizem as nossas agências como solução para tudo o que ela precisa”, comentou Sidnei.

“Usamos a tecnologia para ajudar as pessoas. Queremos que as pessoas venham à agência, com espaços cada vez mais interativos. A gente aprende que a próxima agência tem sempre que ser melhor que a anterior. Mas cada vez queremos deixar um ambiente mais aconchegante. Por isso temos investido em agência, não para as pessoas buscarem serviço, fazer um pagamento ou coisa do tipo, porque isso a gente oferece na tecnologia, criamos um ambiente para que tenham local de diálogo. Entregamos a tecnologia adequada, mas com o diferencial de atender presencialmente com excelência as pessoas”, acrescentou Giovani.

Futuro
Segundo Sidnei e Giovani, o futuro do Sicredi no Sul do Espírito Santo é promissor. Eles planejam abrir em Cachoeiro já no ano que vem uma terceira agência, que vai ficar em frente ao Shopping Sul e também em Guaçuí, Alegre e Castelo.

Por que o Sicredi?
Diria para as pessoas olharem cada vez mais para as cooperativas. Não só as financeiras, mas todos os segmentos. É através do cooperativismo que vamos conseguir gerar cada vez mais desenvolvimento para a região. E o Sicredi vem com o diferencial e a vontade de estar mais próximo do associado. Estar realmente com aquele brilho no olho e o real interesse de entender a necessidade do associado, para entender a melhor solução para ele naquele momento.

Veio para ficar
“A nossa cooperativa, Sicredi União RS/ES, é uma das oito centenárias no Brasil. Estamos com 108 anos de fundação. Ela foi criada para isso: para gerar desenvolvimento nas regiões do nosso país. E é isso que vamos fazer em Cachoeiro e no Sul do Espírito Santo”.