Comportamento

Sono irregular aumenta risco de desenvolver depressão, sugere estudo

A equipe observa que o grupo relativamente jovem de pessoas no estudo — com idade média de 27 anos e estudantes de Medicina — não é representativo da população em geral. No entanto, como todos eles experimentam cargas de trabalho e cronogramas semelhantes, são um bom grupo para testar hipóteses.

Por: Redação em 18 de março de 2021

É sabido que o sono irregular pode desencadear problemas cardiovasculares, mas não é apenas o corpo que sente os efeitos das noites mal dormidas. Um estudo da Universidade de Michigan, publicado no Digital Medicine, aponta que a variabilidade diária nos parâmetros do sono gera um risco de desenvolvimento de depressão no futuro.

A pesquisa utilizou dados de medições diretas do sono e do humor de mais de 2.100 internos (estudantes dos dois últimos anos de Medicina) em início de carreira durante um ano. Como tinham intensas jornadas de trabalho, os horários começaram a ficar desregulados e o mau humor foi uma das evidências em quem dormia tarde ou acordava muito cedo.

Os dados para o estudo foram coletados por meio de dispositivos usados nos pulsos. Além disso, eles relatavam diariamente o seu humor em um aplicativo de smartphone e faziam testes trimestrais para detectar sinais de depressão. Aqueles cujos dispositivos mostraram ter horários de sono variáveis, assim como os profissionais que regularmente ficavam acordados até tarde ou dormiam menos horas, eram mais propensos a pontuar mais alto em questionários padronizados de sintomas de depressão e ter avaliações de humor diárias mais baixas.

“A tecnologia avançada nos permite estudar os fatores comportamentais e fisiológicos da saúde mental, incluindo o sono, em uma escala muito maior e com mais precisão do que antes, abrindo um campo empolgante para exploração”, disse Yu Fang, principal autor do novo artigo. “Nossas descobertas visam não apenas orientar a autogestão sobre os hábitos de sono, mas também informar as estruturas de programação institucional.”

A equipe observa que o grupo relativamente jovem de pessoas no estudo — com idade média de 27 anos e estudantes de Medicina — não é representativo da população em geral. No entanto, como todos eles experimentam cargas de trabalho e cronogramas semelhantes, são um bom grupo para testar hipóteses.

(Fonte: Agência Einstein)