Artigo
Um pouco de malandragen…
Pra reunião da Academia de Letras, levei os dois livros de Fotocrômicas que publiquei em benefício Casa do Câncer. O Lucimar me pedira a fim de que pudesse suprir o acervo da Academia.
Por: Wilson Márcio Depes em 12 de maio de 2025
Pra reunião da Academia de Letras, levei os dois livros de Fotocrômicas que publiquei em benefício Casa do Câncer. O Lucimar me pedira a fim de que pudesse suprir o acervo da Academia. Desabafei com a Marilene: – Tenho vontade de prosseguir com a série, registrando os personagens que marcaram minha vida em nossa terra. Mas, me tem faltado tempo. Marilene, como sempre otimista, abre uma largo sorriso e diz: “Deixa de preguiça!!!”. Juro, não é preguiça. Vou tentar me explicar.
Há algum tempo ando paquerando o livro “O ABZ DO ZIRALDO”. Aliás, fui ao lançamento, no Rio, e ganhei uma dedicatória muito significativa. Bem, até aí nada. O problema é que eu comecei a comparar o trabalho dele, como o meu, veja você… Do Ziraldo, o que tenho de mais importante, é o prefácio de meu Fotocrônicas 2. Além da eterna amizade. Mas, o pior, é que essa comparação dos livros não me deixou sair do lugar. Quando o prefeito Ferraço anunciou a reforma da Casa do Roberto Carlos, me lembrei que, quando era secretário municipal, fui à casa do Rei para buscar recursos a fim de implementar um projeto para a rua dele como um todo. Comigo os dois livros de Fotocrômicas.
Roberto, antes de responder, pediu para ver um dos livros. Antes, porém, soltou um sorriso de entusiasmo: “Olha o Morinqueiro ali!”. Pronto. Aquilo que eu achei que fosse uma chance para abrir o caminho a fim de conseguir recursos para execução do projeto, foi um drible sensacional. Dali pra frente tive que ouvir a história dele dos tempos que aqui viveu. Até mesmo os banhos de piscina no então Jardim de Infância (Ciac)…
Senti a derrota. O papo rolou até altas horas, mas Roberto não dividiu bola em momento algum. Disse que era contra desapropriação, pois o projeto apontava e previa para algumas. Era contra porque ele, fatalmente, criaria aborrecimentos que, afinal, iriam trazer prejuízos à carreira dele. E foi assim…. Assim também enrolei os meus modestos leitores sobre a publicação do terceiro volume. Que poderia ser comparado com o ABZ do Ziraldo, me trazendo grandes prejuízos… Mas, mesmo assim, vou deixar o projeto, que se chamava “Recanto”, com o prefeito. Era um corredor cultural… Pode ser que possa servir. Era um sonho…