Crônicas

2022, o ano da virada

O início do ano culmina com férias, família reunida e praia, tudo que me envolve e deixa pouco espaço para grandes mudanças.

Por: Marilene Depes em 12 de janeiro de 2022

Sempre entro no Ano Novo repleta de objetivos, todos listados nos papéis e na memória, realizo nem a metade e fico satisfeita. O início do ano culmina com férias, família reunida e praia, tudo que me envolve e deixa pouco espaço para grandes mudanças. Contudo, após 2 anos reclusa e com quase nenhuma vida social eu só pensava em dançar, o corpo sofrendo abstinência de movimento e do ritmo da dança, e carecendo da aproximação física que a dança realiza entre mim e meu companheiro.
Só que, seguindo a onda, e impulsionada pela vontade de melhorar a comunicação da família, criando um outro interesse além do mundo dos jogos virtuais, improvisei uma quadra de beach tênis no quintal e ao invés dos presentes tradicionais optei por um presente comunitário – rede, raquetes e bolas. E incrível, estamos todos jogando, crianças, jovens, adultos e idosos. A febre tomou conta da nossa família, não a de doença, e sim a da empolgação pela atividade comum e prazerosa.
Nas férias sempre abandono o cotidiano da minha vida e busco novidades, faço reciclagem, troco musculação e academia por caminhadas ao ar livre, que aqui em Marataízes são muito prazerosas, principalmente com a orla toda revitalizada. E Marataízes está mais linda do que nunca, moderna, limpa, perfeita, enfim excelente para a prática de todas as atividades ao ar livre, além do revigorante banho de mar em suas extensas praias.
Eu, particularmente, tenho um grave problema, não sei se outras pessoas se identificam, a minha idade mental não corresponde a física. E inicio o ano jogando beach tênis, caminhando e fazendo aulas de funk ministradas pela neta paulista. O resultado? Esquartejada, teimosa, participativa e feliz da vida! A genética favorece, minha família é de longevos e gente muito ativa, um tio saia a pé de Cachoeiro para visitar o filho em Brasília, seu grande prazer era o contato direto com a natureza, e só carregava livros na mochila, possuía inteligência e cultura além da média, só havia dúvidas quanto a sua lucidez… já a minha eu garanto.
E sugiro para o Ano Novo, a fim de evitar frustrações, que não optem por metas difíceis ou irrealizáveis, como ficar rico e emagrecer. Penso que se tivéssemos um olhar de amor por tudo que nos rodeia já seria um bom começo de ano. E finalizo com o Twitter de Jose Simão: Só falta 1 ano ou ainda falta 1 ano! Para bom entendedor meia palavra basta.