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Afinal, qual é a cidade mais quente do Espírito Santo?

Dados históricos do Incaper e do Inmet revelam quais municípios lideram o ranking das temperaturas mais elevadas — e o resultado pode surpreender.

Por: Redação em 17 de outubro de 2025

Quando o calor aperta no Espírito Santo, a disputa pelo título de cidade mais quente do Estado costuma esquentar também. Cachoeiro de Itapemirim, Marilândia ou Colatina? A Coordenação de Meteorologia do Incaper decidiu responder, com base em dados técnicos, a pergunta que intriga os capixabas há décadas.

Para entender o clima de uma região, os especialistas explicam que é essencial contar com registros contínuos e confiáveis de temperatura, um trabalho que exige estações meteorológicas em funcionamento por longos períodos.

Em Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) instalou sua primeira estação em 1925, que funcionou regularmente até 1992. Após um hiato de mais de dez anos, o equipamento voltou a operar em 2005, em um novo ponto da cidade, mantendo o monitoramento até 2019.

Colatina, por outro lado, nunca teve uma estação meteorológica própria. As medições mais próximas vêm do município vizinho de Marilândia, que abrigou uma estação do Inmet a partir de 1976 — época em que ainda era distrito colatinense, antes da emancipação em 1980.

Esses registros históricos permitem comparar as temperaturas extremas observadas no Estado. Em 2 de janeiro de 2016, a estação de Marilândia marcou 42,3 °C — um calor digno de recorde. Mas Cachoeiro de Itapemirim foi além: em 9 de janeiro de 1969, registrou 42,5 °C. E, mais recentemente, em 31 de outubro de 2012, na nova estação da cidade, os termômetros chegaram a impressionantes 43,0 °C, a maior temperatura já registrada em todo o Espírito Santo.

Em comparação, a capital Vitória teve seu recorde máximo em 25 de fevereiro de 2006, quando os termômetros alcançaram 39,6 °C.

Assim, com base nas medições oficiais, Cachoeiro de Itapemirim é a cidade que detém o título de mais quente do Espírito Santo, dividindo com Marilândia o posto de região mais escaldante do Estado.

E se o calor por lá continua a bater recordes, uma coisa é certa: em Cachoeiro, o sol não é apenas forte — é histórico.