Decoração
Cores que abraçam: Como os tons terrosos e neutros quentes vêm dominando projetos por transmitirem aconchego e equilíbrio
Essas cores transmitem a sensação de abrigo e pertencimento, suavizando o olhar e reduzindo estímulos visuais excessivos, o que transforma os espaços em refúgios afetivos.
Por: Nicolle Viana em 15 de dezembro de 2025

Os tons terrosos e neutros quentes conquistaram espaço definitivo na arquitetura de interiores contemporânea. Paletas que vão do areia ao terracota, passando por beges, caramelo e fendi, criam ambientes acolhedores e sensoriais — uma resposta natural ao desejo atual de casas mais humanas, calmas e emocionalmente equilibradas. Essas cores transmitem a sensação de abrigo e pertencimento, suavizando o olhar e reduzindo estímulos visuais excessivos, o que transforma os espaços em refúgios afetivos.
Além do conforto visual, essa paleta oferece grande versatilidade estética. Tons quentes dialogam com a madeira, com materiais naturais, com tecidos como linho e algodão, e compõem perfeitamente ambientes contemporâneos, escandinavos, orgânicos ou até clássicos atualizados. O segredo está na combinação equilibrada entre paredes, mobiliário, iluminação e texturas, criando profundidade e continuidade sem monotonia. A sobriedade dessas cores também valoriza a luz natural, ampliando a percepção de espaço e ressaltando detalhes arquitetônicos.
Nesse processo, o papel do arquiteto é fundamental. Ele é o profissional capaz de interpretar as necessidades do morador, traduzir sensações em paletas cromáticas e garantir que cada escolha — da tinta às superfícies e mobiliário — esteja alinhada ao conceito do projeto. A curadoria técnica e sensorial do arquiteto evita excessos, equilibra contrastes e assegura que o uso de tons terrosos e neutros quentes resulte em ambientes realmente harmoniosos, acolhedores e atemporais. É essa visão integrada que transforma cor em emoção e casa em experiência.