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Artrose em pets: entenda as causas e saiba como prevenir

Entre as principais causas: obesidade, doenças endócrinas, lesões ligamentares, traumas articulares, além de fatores ambientais, como piso liso, uso constante de escadas, entre outros.

Por: Redação em 6 de junho de 2022

Você sabia que cães e gatos também podem sofrer com artrose? Assim como em humanos, a doença é caracterizada pela degeneração ou desgaste das cartilagens articulares de caráter crônico e progressivo e costuma causar muitas dores nos pets.

“Na fase inicial, o animal pode apresentar leve claudicação (mancar) quando anda ou se exercita. Nos estágios mais avançados, ele tende a apresentar dor na palpação da articulação afetada, diminuição na amplitude de movimento, atrofia muscular, relutância em se movimentar, diminuição de atividade física diária e edema articular, entre outros sintomas relacionados à dor”, explica o médico-veterinário, doutor em Ciências Veterinárias, Luciano Isaka, professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo (UP).

Ainda que seja mais comum em animais adultos e idosos, a doença pode afetar cães e gatos de qualquer idade. Entre as principais causas, o professor destaca obesidade, doenças endócrinas, lesões ligamentares, traumas articulares, além de fatores ambientais, como piso liso, uso constante de escadas, entre outros.

“Cães de porte grande e gigante têm maior predisposição a processos degenerativos articulares, porém, como a doença apresenta etiologia multifatorial, qualquer raça de qualquer idade pode apresentar essas lesões”, ressalta.

 

Diagnóstico e tratamento e tratamento

O diagnóstico da artrose pode ser feito por meio de tomografia computadorizada. Porém, devido aos custos, é mais comum que seja realizado através de exame radiográfico.

Um erro comum a muitos tutores é adiar a consulta por supor que o animal esteja mancando por fatores mais simples. A atitude, ressalta a médica-veterinária Mirele Fuhr, proprietária de uma franquia de fisioterapia e reabilitação, pode prejudicar muito a qualidade de vida do pet.

“Não se pode presumir que o animal tenha uma doença específica somente porque ele é de uma raça com predisposição para tal, por exemplo. Deve-se fazer uma avaliação minuciosa e realizar exames complementares para se chegar ao diagnóstico correto; por isso, a consulta ao veterinário é essencial. Muitas vezes, o tutor pode acreditar que uma simples unha machucada, e, quando vamos ver, ele está mancando porque, na verdade, lesionou o ligamento cruzado do joelho. A avaliação deve ser muito completa e detalhada”, alerta.

Entre os tratamentos indicados para a artrose, os profissionais destacam o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, quando o animal apresentar dor; fisioterapia e, em alguns casos, cirurgias para a implantação de próteses articulares.

“Quando associamos a fisioterapia a outras formas de tratamento, temos um resultado muito satisfatório. O animal volta a apoiar o membro muito antes do previsto e são prevenidas perdas maiores de massa muscular e densidade óssea por desuso. Unir terapias manuais a aparelhos sofisticados, como a eletroestimulação, ultrassom, magnetoterapia, laser, fototerapia e esteira aquática – que possuem um efeito analgésico, anti-inflamatório e regenerador de células, tendões e ligamentos, além de promover ganho de massa muscular – ajuda muito”, diz Mirele, que ressalta que o tempo de tratamento varia a cada caso, enquanto alguns animais necessitam de fisioterapia pelo resto da vida.

 

É possível prevenir?

Para Luciano, a prevenção da artrose está ligada ao modo de vida do pet. Portanto ele recomenda “manter o animal no peso ideal, bem nutrido e com boa massa muscular para auxiliar a evitar a degeneração dos processos articulares”.

 

Fonte: Artrose em pets: entenda as causas e saiba como prevenir – Vida de Bicho | Saúde (globo.com)