Cidades

Cachoeiro de Itapemirim completa 153 anos de emancipação política

Comemorações deste ano foram canceladas para evitar aglomerações e disseminação do coronavírus

Por: Redação em 30 de março de 2020

Cachoeiro de Itapemirim comemorou, na última quarta-feira (25), 153 anos de emancipação política. A data faz referência ao dia em que Cachoeiro foi reconhecido, oficialmente, como um município independente da, então, Vila de Itapemirim.

Antes do 25 de março de 1867, dia da emancipação, a colonização do território de Cachoeiro teve início, oficialmente, no ano de 1812. O donatário da capitania do Espírito Santo, Francisco Alberto Rubim, recebeu a tarefa de desenvolver o povoamento, em nosso Estado, nesta região, habitada pelos índios puris e botocudos. O grande dado motivador, no século XIX, era o ouro descoberto no espaço que compreende, hoje, o município de Castelo.
Entretanto, as primeiras casas no arraial de Cachoeiro foram levantadas no início de 1846, na altura do atual bairro Baiminas. Ao longo dos anos, a cidade foi se desenvolvendo, econômica e urbanisticamente, em torno do rio Itapemirim.

O nome do município, inclusive, faz menção aos cachoeiros ou cachoeiras do rio Itapemirim. O termo Itapemirim deriva do tupi-guarani e seu significado é “caminho da pedra pequena”. Antes da emancipação, a cidade também chegou a ser denominada como São Pedro de Cachoeiro de Itapemirim, São Pedro do Cachoeiro de Itapemirim e Cachoeira de Itapemirim, dentre outras variações de grafia.

Por causa das medidas de distanciamento social impostas, para evitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19), as atividades de celebração da emancipação de Cachoeiro tiveram de ser canceladas.

“Esta data nos inspira alegria e reflexão sobre os rumos da nossa cidade e do mundo. Neste momento, o melhor que todos nós podemos fazer para celebrar os 153 anos de Cachoeiro é ficar em casa e evitar aglomerações. Entretanto, trata-se de uma situação passageira, ainda que seja muito difícil. Certamente, teremos muitos anos para celebrar a nosso município. Viva Cachoeiro de Itapemirim!”, afirma o prefeito Victor Coelho.

 

A história de Cachoeiro

A história de Cachoeiro de Itapemirim começa como a de muitas outras cidades brasileiras – às margens de um rio e no ritmo do garimpo do ouro e da cultura cafeeira. A cidade localiza-se no sul do estado do Espírito Santo e se destaca por ser a mais importante cidade dessa região do ponto de vista econômico, status construído a partir do fim do século XIX, em decorrência da expansão cafeeira.

Em Cachoeiro, havia um porto que recebia todo o café produzido na região sul, uma vez que se localizava no último trecho navegável do rio Itapemirim. O café possibilitou a construção de vias de comunicação, especialmente a via férrea, a primeira da província; da luz elétrica, a primeira do estado; e de outros símbolos do “progresso” em plena expansão capitalista, além de incrementos na área de urbanização.

O nome da cidade deriva de um aspecto geográfico: os cachoeiros ou as cachoeiras do rio Itapemirim, rio que corta a cidade. Por causa desse aspecto geográfico, a cidade, como muitas outras do Brasil, desenvolveu-se econômica e urbanisticamente a partir do rio. Os cachoeirenses preferem o termo Itapemirim – caminho de água com pedras que formam pequenas cachoeiras.

O nome do município passou por um processo de evolução, sempre se referindo às pequenas cachoeiras do Rio Itapemirim. Em 1885, já se escrevia o nome certo e por extenso. Alfredo Mário Pinto, nos “Apontamentos para o Dicionário Geográfico do Brasil”, registrou: “… Da Câmara Municipal dessa cidades recebemos, em 1884, a seguinte informação: A sede do município é a cidade do Cachoeiro de Itapemirim, que tem recente data, pois que a primeira casa construída foi no ano de 1846”.

Oficialmente, a história de Cachoeiro de Itapemirim teve início no ano de 1812, quando o donatário da capitania do Estado, Francisco Alberto Rubim, recebeu a tarefa de desenvolver o povoamento em nosso Estado, nesta região, habitada pelos índios puris e botocudos. O grande dado motivador, no séc. XIX, era o ouro descoberto no espaço que compreende, hoje, o município de Castelo.