Entrevista

“Cachoeiro está organizado, mostrando para o mercado que quer ser competitivo”

Alexandro da Vitória é Formado em Gestão Pública, especialista em Cidades Inteligentes, Tecnologia e Inovação e Mestrando em Big Data e Business Intelligence.

Por: Redação em 22 de agosto de 2022

Secretário municipal de Urbanismo, Mobilidade e Cidade Inteligente de Cachoeiro de Itapemirim, Alexandro da Vitória

 

Alexandro da Vitória é Formado em Gestão Pública, especialista em Cidades Inteligentes, Tecnologia e Inovação e Mestrando em Big Data e Business Intelligence.

Qual a expectativa para a Stone Fair desse ano?
Nossa expectativa é uma das melhores possíveis. A Stone Fair já vem movimentando a economia: há mais de 45 dias não tem mais vaga em hotel em Cachoeiro para o período do evento. A Stone Fair move muitos setores da economia, que é fantástico. O de logística, por exemplo, vem com um volume enorme, porque tem a necessidade de transportar muito material para a feira e também de pessoas que estão chegando. Quando o setor de mármore está aquecido, ele demanda uma série de outros setores também.

E como esse bom momento do setor de rochas pode refletir na economia de Cachoeiro?
É o frete do material que precisa ir para outra região; serviço de cabotagem, que apesar de ser feito fora, tem profissionais que são de Cachoeiro; setor hoteleiro; o nosso número de aeronaves cresceu, nosso aeroporto chegou a mil e duzentos voos em um ano; e o setor da construção civil e sobre isso tem um dado interessante: o ano passado nós liberamos 611 mil metros quadrados de obras, seja casa, apartamento ou empresas e indústrias. É o maior número de liberação já feito na história de Cachoeiro. Isso deve representar algo em torno de R$ 360 milhões de reais injetados na economia.

Isso reflete me geração de emprego?
Com certeza. Se analisarmos os dados de 2021, estávamos com dados negativos na geração de emprego, com mais demissões do que contratações. No primeiro semestre desse ano o cenário já é outro. Estamos com mais admissões do que demissões. Cachoeiro de Itapemirim é hoje, em números absolutos, o quarto lugar no Estado. Quando a gente analisa os dados e vê que grande parte desses empregos está na construção civil, demonstra que a liberação de 611 mil metros quadrados em obras refletiu positivamente nesse sentido também.

Sobre essa efervescência na construção civil, se fosse fazer um mapa de calor em Cachoeiro, ele estaria mais concentrado onde?
Pulveriza um pouco. E é por perfil de negócio, também. Nós temos grandes áreas de loteamento em bairros como Santa Cecília, São Geraldo, Paraíso, Morro Grande, Aeroporto, então isso vai ser equilibrado. Quando vai para a área de empresas e indústrias, tem crescido muito para São Joaquim e Soturno. Em se tratando de construção residencial, os olhos se voltam para o Centro de Cachoeiro.

 

 

 

E falando em obras, como está a do Parque de Exposições de Cachoeiro?
Está andando dentro do cronograma. Trabalhando a parte de fundação, praticamente pronta. Preparando o piso. Um banheiro quase pronto e o outro em andamento. São dois banheiros grandes. E concluindo tudo, vai ser incrível. Vamos poder aumentar a Stone Fair em quase três vezes de tamanho, por exemplo.

Mas para crescer a Stone Fair a cidade precisa estar mais bem preparada também…
Aí precisamos melhorar nossa logística. Já temos a entrada de um novo hotel na região do bairro Aeroporto, com cerca de 108 vagas. Estamos também em conversa para tentarmos conseguir trazer outras redes hoteleiras, porque vai ter demanda. A prefeitura, por sua vez, está com o maior pacote de investimento em infraestrutura da história de Cachoeiro.

Atualmente, o que tem de atrativo para empresas que queiram se instalar em Cachoeiro?
Temos diversos aspectos que criam um ambiente atrativo para novos empreendimentos. Lei de incentivo fiscal, por exemplo, onde você pode reduzir ou até zerar o seu imposto, tanto para as empresas que já estão em Cachoeiro e querem ampliar, gerando novos negócios, quanto para atrair as de fora. Não dá mais para ficar sonhando com Sudene. Precisamos pensar e trabalhar no sentido de buscar as alternativas. E Cachoeiro de Itapemirim tem feito isso. O município está organizado, mostrando para o mercado que quer ficar competitivo. O Governo do Estado também já sinalizou que vai liberar recursos do Fundo Soberano para o desenvolvimento econômico da nossa região. O futuro é muito promissor e depende só da gente.