O momento é de quarentena e restrições no comércio, para minimizar os impactos do coronavírus. O prefeito de Cachoeiro, Victor Coelho, fala um pouco da sua relação com a cidade e de como tem ficado entristecido diante do posicionamento de algumas pessoas frente a essa pandemia.
Cachoeiro de Itapemirim completa nesse 25 de março, 154 anos de emancipação política. Uma cidade marcada por sua efervescência cultural e que, hoje, assim como o restante do mundo, sofre com uma pandemia que parece não ter fim. O desejo de todo mundo era ver a cidade funcionando em sua plenitude para festejar uma data marcante como essa. No entanto, o momento é de quarentena e restrições no comércio, para minimizar os impactos do coronavírus.
O prefeito de Cachoeiro, Victor Coelho, fala um pouco da sua relação com a cidade e de como tem ficado entristecido diante do posicionamento de algumas pessoas frente a essa pandemia.
– Cachoeiro está completando 154 anos de emancipação política. O senhor já tem participação direta nessa história de quatros anos, está no quinto e vai chegar a oito. Como quer ser lembrado?
Quando coloquei meu nome para concorrer à prefeitura, em 2016, evidentemente, não tinha ideia dos desafios que enfrentaria na gestão: greves, enchentes, epidemias e, agora, essa pandemia. Para mim, como gestor e como ser humano, tem sido um aprendizado muito grande. Talvez as próximas gerações se lembrem de um prefeito jovem, de perfil técnico, que encarou muitos desafios, não venceu todos, mas deixou uma nova marca: uma gestão sem nenhuma mancha de corrupção, que resolveu problemas históricos e que procurou mudar o olhar do cachoeirense pela sua cidade.
– Olhando para o passado de Cachoeiro, o que tem nessa trajetória de mais de um século e meio que o deixa com orgulho de ser cachoeirense?
Sou suspeito de falar de Cachoeiro. Eu amo demais essa cidade. Nasci aqui, cresci, formei minha família e, agora, tenho a oportunidade, pela segunda vez, de geri-la. Tenho muito orgulho de Cachoeiro, por sua história, sua cultura, suas lideranças empresariais, a receptividade do cachoeirense… quantos bons exemplos aqui nos inspiram!
– E, atualmente, o que lhe deixa entristecido?
Nesse momento, a falta de empatia de algumas pessoas… a pandemia mudou o cenário mundial e ainda vemos o mau comportamento de quem não acredita no poder letal da Covid-19. Isso me deixa triste.
– Para o senhor, Cachoeiro continua sendo a Capital Secreta do Mundo, a Atenas Capixaba?
Sempre brinco que, apesar do apelido carinhoso, Cachoeiro não quer ser mais secreta. A cidade cresceu e apareceu, em força política, social e econômica. Apesar desse momento desafiador, Cachoeiro também continua sendo referência na cultura, com grandes nomes do passado e do presente. Não podemos nos esquecer da grandiosidade de Cachoeiro, porque tudo isso vai passar e voltaremos com força e coragem.