Entrevista

Conservadorismo cresce entre os jovens

Juninho Corrêa tem 23 anos, é formado em história e gastronomia, faz parte do movimento Ordem, Justiça e Liberdade, é filiado ao PSL de Cachoeiro e defende a tradição e os bons costumes

Por: Redação em 30 de novembro de 2019

 

Aquela época em que jovem era sinônimo de rebeldia e indisciplina parece que está ficando para trás. Pelo menos para alguns. É o caso do jovem Juninho Corrêa, de 23 anos. Ele é formado em história e gastronomia, faz parte do movimento Ordem, Justiça e Liberdade, é filiado e presidente do PSL Jovem em Cachoeiro e tem sua trajetória construída com bases na Igreja Católica. Já foi coroinha, catequista e tesoureiro da comunidade onde atua. Trabalha na Cofril e, desde 2018, decidiu se envolver mais ativamente nas instituições que fazem política. Ele fala um pouco sobre essa onda do conservadorismo e como tem enxergado o momento atual.

Por que decidiu se envolver institucionalmente com política?
No Ordem, Justiça e Liberdade nós trabalhamos com duas frentes: formação intelectual e ocupação de espaços. E ocupação de espaços diversos, desde cargos eletivos, até voluntariado em igrejas, porque assim, estando nesses espaços, poderemos apresentar nossa forma de pensar. E o como o serviço na igreja já era algo que fazia desde cedo, vimos no OJL a necessidade de ocuparmos o espaço político também.

Como você acha que OJL e o PSL podem contribuir para uma cidade melhor?
O OJL e o PSL são independentes e trabalham em campos diferentes. O OJL tem uma missão cultural, enquanto o PSL uma missão política. A missão cultural do OJL passa pela formação de uma cultura intelectual conservadora, com pessoas nos diversos segmentos da sociedade, política, conselhos, igrejas, mídia, instituições e outros. O PSL tem a missão puramente política de formar pessoas para ocupar cargos públicos, no meu caso, jovens interessados na política.
Dessa forma, um pode completar o outro: se o PSL quer políticos capacitamos para assumir funções e, o OJL tem a missão de formar as pessoas, a formação que o OJL dá ajuda o PSL a formar cidadãos críticos melhores. Tendo como efeito casado uma mudança na mentalidade cultural do nosso povo, propiciando uma melhora nas relações econômicas e, principalmente, políticas.

Quando se fala em cultura intelectual conservadora, como você definiria esse termo?
O conservador basicamente é um inimigo das ideologias. E por que isso? Porque, a ideologia parte de uma ideia, que é posta como um problema. Em cima disso, cria-se um discurso com fim na mudança da realidade. Mas, sempre a partir da obtenção do poder por um grupo.
Já o conservador não. Ele não busca s mudança da realidade por meios impositivos ou forçados por revoluções. Mas, a superação dos problemas sociais através do bom senso e dos meios legados pelos costumes e pela tradição. Um conservador preza muito pela tradição e pelos costumes, não de maneira saudosista, mas por respeito aos que vieram antes de nós e testaram aquelas coisas que hoje podemos dizer são boas ou que são ruins.

E esse pensamento também se aplica na forma de conduzir um sistema econômico?
Certamente. A história já nos mostrou que toda forma de intervencionismo econômico conseguiu manter crescimento por um período, através da maquiagem dos índices, mas o fim era sempre o mesmo: crise.
Já no livre mercado a coisa muda de figura, a liberdade econômica, atrelada a um governo responsável, tem um potencial de geração de renda fantástico. E para defender o livre mercado não precisa dizer que é um “liberal na economia e conservador nos costumes”, porque livre mercado é bom senso.