ES cresce 4,2% no primeiro trimestre de 2023
No primeiro trimestre deste ano, a atividade econômica do Espírito Santo cresceu 4,2% em relação ao mesmo período de 2022. Esse aumento foi influenciado, principalmente, pelo setor de serviços e comércio (6%). A indústria também teve resultado positivo no período (0,3%). Já a agropecuária caiu 6,6%.
A presidente da Findes, Cris Samorini, comenta que é preciso comemorar alguns resultados alcançados neste primeiro trimestre de 2023 e que possibilitaram o bom desempenho da economia do Estado.
“A taxa de desemprego trimestral vem caindo e chegou a 7% no Espírito Santo e a 8,8% no Brasil. Também tivemos redução na inflação ao consumidor, que no país chegou a 4,65%, e na inflação para a indústria nacional, que fechou o trimestre em queda (-0,64%)”, elenca.
A industrial aponta ainda que outras medidas são de extrema importância para que a economia do ES e do Brasil siga em uma trajetória positiva. “Segurança jurídica, crédito e estabilidade no país são importantes para que o empresário tome a decisão de investir e o país cresça. Mas, principalmente, precisamos aprovar a nossa Reforma Tributária de forma que ela traga simplicidade, neutralidade, transparência e isonomia para o sistema tributário brasileiro”, afirma a presidente da Findes.
No primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022, a indústria capixaba teve um bom desempenho em três das quatro atividades que compõem o setor: extrativa (8,4%), energia e saneamento (2,7%) e construção (2,2%). Por sua vez, a indústria de transformação recuou 12% no período.
“Dentro da indústria geral temos a indústria extrativa que é a maior parcela da estrutura industrial do Estado (36%). Neste primeiro trimestre do ano, ela cresceu 8,4% devido ao aumento de 28% na atividade de pelotização do minério de ferro. Já a extração de petróleo e gás natural recuou 6,3%”, comenta a gerente de Inteligência de Dados e Pesquisas do Observatório da Indústria, Suiani Febroni.
Por sua vez, a indústria de transformação registrou contração de 12%, justificada pelo perfil disseminado de queda entre todas as atividades pesquisadas: fabricação de produtos de minerais não metálicos (-20,4%), metalurgia (-10,4%), fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-7,3%), fabricação de produtos alimentícios (-5,3%) e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,5%).
Sobre o setor de serviços, todas as atividades pesquisadas cresceram no primeiro trimestre do ano: demais atividades de serviços (6,2%), transporte (6,4%) e comércio (5,2%). “O setor foi impulsionado pelo aumento de demanda por prestações de serviços, por transporte de pessoas e cargas e pelo aumento de vendas no comércio de hipermercados, combustíveis, artigos de papelaria e materiais para escritório”, diz Suiani.
No caso da agropecuária, o resultado negativo (-6,6%) foi motivado pela queda tanto na agricultura (-6,7%), quanto na pecuária (-6,9%). A primeira influenciada, principalmente, pela bienalidade negativa do café esperada para 2023, e a segunda pressionada pelos ramos de leite e aves e ovos.
Cenário nacional
O PIB nacional cresceu 4% na comparação do primeiro trimestre de 2023 com primeiro de 2022, também motivado pelas variações positivas em todos os setores, mas com destaque para o expressivo avanço de 18,8% do setor da agropecuária.
Além do crescimento nas lavouras características do período, como soja, milho, fumo e mandioca, houve também a superação do choque climático que ocorreu na região Sul do país no início de 2022.
Sobre os demais setores, os serviços cresceram 2,9% impulsionado, entre outros fatores, pelo transporte dos grãos, e a indústria ampliou 1,9%, com expansão de 7,7% na indústria extrativa, de 6,4% em energia e saneamento, de 1,5% em construção, mas com recuo de 0,9% na indústria de transformação.