Entrevista

Prefeito de Presidente Kennedy, Dorlei Fontão fala um pouco sobre os três anos que está à frente do município

O pulso firme que herdou da vida na roça ajudou a manter as coisas nos trilhos. Conduziu a cidade como prefeito interino, depois, foi diplomado, disputou a reeleição e venceu.

Por: Redação em 10 de maio de 2022

 

Dorlei Fontão é forte como a entonação de seu sobrenome. Homem com origem no campo, dedicou grande parte de sua trajetória à vida pública, tendo sido vereador e vice-prefeito, mas assumiu a prefeitura em 2019, quando a então prefeita foi presa e afastada. Em meio à turbulência administrativa, Dorlei enfrentou ainda uma pandemia, no meio disso tudo. O pulso firme que herdou da vida na roça ajudou a manter as coisas nos trilhos. Conduziu a cidade como prefeito interino, depois, foi diplomado, disputou a reeleição e venceu. Lá se vão três anos como se fossem 30. E a cidade que tem um histórico de instabilidade, hoje, finalmente, parece navegar em mar tranquilo. Dorlei concedeu uma entrevista exclusiva, onde falou sobre seus projetos, sonhos e realizações.

– O senhor assumiu a prefeitura de maneira inesperada e logo veio a pandemia. Como foi para o senhor esse momento de turbulência?
Foi um momento turbulento, de verdade. A gente enfrentou diversas situações que dificultavam realizar um trabalho, por conta de toda a instabilidade política e administrativa. E aí, logo em seguida, veio a pandemia, trazendo outros desafios. A gente ficava ansioso, querendo mostrar trabalho. Foi difícil, mas levantei a cabeça, acreditei em Deus e fui em frente. Não deixei a peteca cair. Minha preocupação era não deixar a economia do município despencar. E na pandemia, por exemplo, fizemos tudo para poder preservar a vida do nosso povo, mas colocamos as obras para andar, para a cidade não parar. Trabalhamos com seriedade, transparência, e, a gente sabe, mesmo tentando fazer o melhor, tem gente que torce contra. Eu, por outro lado, não fiquei olhando pelo retrovisor. Olhei para a frente. É olhando para a frente que a gente chega no objetivo que queremos.

– Hoje, Presidente Kennedy não vive mais o clima de instabilidade política e a pandemia praticamente acabou. Quais os projetos para os próximos anos?
Temos inúmeros projetos. Alguns com prioridades, como a obra de urbanização das orlas nas praias de Marobá e Neves; a reforma do nosso Pronto Atendimento, enquanto não construímos o novo PAM, porque demora um pouco mais; ampliar o investimento na agricultura, fomentando ainda mais o plantio de café, cacau, e diversas outras culturas, para ver se a gente consegue mudar um pouco a realidade de Presidente Kennedy.

– Nós sabemos que o município tem uma lei de incentivos fiscais criada pelo senhor. Já começou a dar frutos?
Sim. Não está no ritmo que gostaríamos, ainda, mas começou a dar frutos. Já temos algumas empresas se instalando. Uma já está produzindo e outras estão no forno. São empresas com perfil industrial. A prefeitura dá todo apoio para que esse desenvolvimento venha cada vez mais. São mais de mil empregos diretos e indiretos, além de podermos ampliar a nossa receita, através dos impostos.

– Houve um tempo em que os salários dos servidores chegavam a ser pagos com atraso. Na sua administração, além de pagar em dia, houve reajuste. Como está essa relação com o servidor?
Relação muito boa. No começo, tivemos uma dificuldade muito grande. Mas, hoje, a relação é diferente. É de confiança mútua. Com o trabalho focado em fazer a economia girar e ampliar nossa receita, foi possível dar aumento de 47% no salário dos servidores e, em breve, vamos produzir o plano de carreira, para dar mais segurança para eles.

– O senhor é nascido e criado em Kennedy. Qual o seu maior sonho para a cidade?
Meu maior sonho é ver todo mundo empregado e trabalhando não só na prefeitura, mas, principalmente, na iniciativa privada. Quero ver a cidade com empresas e indústrias, para o povo ter onde trabalhar e para não ficar dependendo da prefeitura, pedindo cesta básica, casa popular, aluguel social, porque aí eles terão salário digno e não vão mais depender de prefeitura.

– Das suas realizações, qual é aquela que você sente mais orgulho?
Não dá para dizer apenas de uma. São muitas. Todas elas nos enchem de orgulho. São asfaltos em estradas de interior, por exemplo; tem também uma escola grande em Marobá; tem a Reta do Avião, que será o novo acesso a Marobá, onde antes chamavam por nomes pejorativos e quando fiz, fui muito criticado, mas hoje virou um cartão postal. A recuperação da praça Manoel Fricks Jordão também foi motivo de muito orgulho, poder entregar ela ao povo novamente, com prática esportiva, área de convivência. E também terminar a obra na avenida Orestes Baiense, que era muita poeira, desde quando era vereador. Uma avenida que tem posto de saúde e escola e, agora, temos a pista duplicada e asfaltada.

– Presidente Kennedy possui o maior PIB per capita do Brasil. Como transformar isso em melhoria da qualidade de vida para o povo?
Tem que transformar isso em melhorias em saúde, educação, infraestrutura nas comunidades, para o povo ver o recurso aplicado. A gente tem também um programa que garante faculdade para os moradores de Presidente Kennedy. É uma maneira de transformar essa riqueza em conhecimento para o povo. A pessoa pode estudar medicina, direito, administração, enfim.