Ciência

Preservando a história

Marataízes vive uma fase de glória, graças a uma administração pública que transformou a cidade, denominada a “Pérola Capixaba”.

Por: Marilene Depes em 9 de fevereiro de 2024

Marataízes vive uma fase de glória, graças a uma administração pública que transformou a cidade, denominada a “Pérola Capixaba”. Possui espaços de lazer, as praças estão bem cuidadas e limpas, oferecendo atrações às famílias e segurança. A limpeza urbana merece nota de louvor, mesmo após um grande evento, no dia posterior as ruas já estão impecavelmente limpas e a coleta do lixo é realizado sistematicamente. O serviço público é competente, exemplifico, a luz do poste em frente da minha casa queimou, fui à Prefeitura pela manhã, deixei o pedido e na mesma noite a iluminação foi restaurada.
Possuo uma história de vida com Marataízes que dura décadas. Há mais de quarenta anos resido no centro, o que não me impede de observar o progresso e a cidade crescer, em número de habitantes e economicamente. O que era uma simples vila de pescadores hoje apresenta comércio e serviços de excelente qualidade. Marataízes morria fora do verão, hoje ela se mantém viva e atuante durante todo ano, inclusive a Prefeitura oferece atrações como festivais de gastronomia e festas diversificadas continuamente. E a vida noturna fervilha!
Como historiadora e curiosa, pesquisei, através do relato dos moradores antigos, a transformação da pequena vila de pescadores na cidade turística que atrai gente de todo Brasil. Seu mar não é o mais azul do litoral, mas não é poluído, e a extensão de suas praias encanta. Possui lagoas naturais e falésias, tudo muito bem preservado. E foi graças e essa natureza que famílias das cidades do sul do Estado construíram aqui suas casas de veraneio, principalmente os libaneses. A casa que resido e preservo pertenceu a família Alcuri, de Alegre. Ao lado os Cade, mais adiante os Meleipe, os Abguinem, os Depes e outros mais. Escrevo sobre o presente para falar da dor que sinto quando não preservam ou demolem casas históricas como a dos Viváqua há alguns anos, e atualmente a do Dr. Lucínio Machado, casas centenárias, lindas e repletas da história das famílias que nela residiram. Fatores econômicos e familiares não deveriam se sobrepor a preservação da cultura e da história.