Saúde

Cardiologista do HECI: A obesidade e os riscos para o coração

O Hospital Evangélico de Cachoeiro é referência em cirurgia bariátrica. A primeira cirurgia foi feita em 20 de maio de 2000, e desde então atende a diversos pacientes de várias partes do Estado, que são acompanhados mensalmente pelos especialistas que atuam no Programa de Obesidade.

Por: Redação em 12 de outubro de 2020

Em todo Brasil, dia 11 de outubro é dia de falar sobre a prevenção da obesidade. O Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI) é referência em cirurgia bariátrica desde 2000, quando foi credenciado pelo Ministério da Saúde a realizar o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A primeira cirurgia foi feita em 20 de maio de 2000, e desde então atende a diversos pacientes, de várias partes do Estado, que são acompanhados mensalmente pelos especialistas que atuam no Programa de Obesidade.

Mais que uma questão de estética, sair da obesidade é estar em dia com a saúde. “A obesidade quando controlada, ameniza e evita uma série de outras doenças”, explica o médico e coordenador do Programa, André Mattar.

O cardiologista Wilson Gonçalves Junior explica que, ao contrário do que se pensava, as pessoas com sobrepeso ou obesas só seriam mais propensas a problemas cardíacos se elas apresentassem alguma comorbidade.  Contudo, alerta, a obesidade por si só é um fator de risco.

A obesidade é um fator de risco direto para doenças cardíacas. Paciente obeso tem mais chances de ter eventos cardiovasculares, como infartos do que pacientes não obesos. E habitualmente, pelo estilo de vida, e pelo próprio excesso de peso, outras doenças vão estar associadas a mais fatores para que no futuro possam desencadear doenças cardíacas, infartos, AVC, arritmias, entre outras.

Tratamento

A cirurgia bariátrica não é a única medida a ser tomada para se livrar da obesidade. Segundo Wilson Junior, tudo vai depender da avaliação do médico e acompanhamento, da relação médico/paciente, da persistência, foco, paciência e muita perseverança “A intervenção cirúrgica é uma saída, mas não precisa ser a primeira. Há muitos pacientes que adotam outras medidas e conseguem reduzir o peso”, comenta.

Um novo estilo de vida engajado à atividade física, o consumo de alimentos saudáveis, menos processados e com menos quantidade de sódio trazem benefícios imensos para quem quer se livrar da obesidade e dos problemas cardíacos. “A prevenção deve começar da mais tenra idade. Claro, sempre seguindo exemplos”, alerta o médico.