Crônicas

A polêmica da vacina

Aconteceu na Câmara Municipal e o assunto repercutiu por toda cidade. O vereador Diogo Lube preparou um projeto de lei em que se exige a apresentação do cartão de vacina para se adentrar na Câmara Municipal.

Por: Marilene Depes em 6 de dezembro de 2021

Aconteceu na Câmara Municipal e o assunto repercutiu por toda cidade. O vereador Diogo Lube preparou um projeto de lei em que se exige a apresentação do cartão de vacina para se adentrar na Câmara Municipal. Sua preocupação é com os que ali trabalham, onde a Covid já fez vítima o Vereador Sïlvio Coelho, um servidor, e outro se encontra na UTI. E o cuidado com todos os cidadãos que adentram à casa de leis. O vereador é professor, defensor dos direitos humanos e de perfil progressista.
Sua proposta causou polêmica ao ser contestada pelo vereador Juninho Correa, que não é contra a vacina, mas não foi vacinado e não concorda com a obrigatoriedade em toma-la. Considera que essa exigência foge ao livre arbítrio do cidadão e ao direito de ir e vir. O vereador se denomina um conservador.
O tema foi muito comentado, principalmente porque áudios ofensivos e discriminatórios fugiram do espaço da Câmara, a população tomou conhecimento e a questão interna se transformou numa polêmica geral. A partir desse fato observamos o poder das redes sociais, hoje o meio de comunicação que mais dissemina as notícias sem censura, sem uma autoria, irresponsavelmente, atingindo a dignidade e o caráter das pessoas.
O vereador e autor da proposta seguiu as recomendações que estão sendo propostas nos setores federais, estaduais, públicos e privados – diante do resultado concreto de que só a vacina é capaz de diminuir e até erradicar a pandemia. Exigir a sua aplicação é uma política do Ministério da Saúde.
Sou defensora da vacina, tomarei quantas vierem, tenho o maior cuidado com os idosos da Vila Aconchego, cujos funcionários só são contratados mediante o cartão de vacinação. E com todas as precauções que tenho, ainda recebo o telefonema de uma senhora me denunciando um senhor que se negava a tomar a vacina. Ao tentar identifica-lo me surpreendi ao saber que o referido senhor trabalha na minha casa há 3 meses. Se eu, tão exigente com a vacinação fui enganada, se conclui que a vigilância tem que ser constante se pretendemos contribuir com a erradicação da pandemia.
Outra questão muito explorada é a do Carnaval. Estão usando o evento como palanque político. Não há como comparar a situação do Brasil de 2020 até meados de 2021 com a de hoje, com 70 % da população vacinada. E esse “mi mi mi” de que se fechou o comércio, as igrejas e escolas e agora tem que se proibir o Carnaval é muita simplista. Sou carnavalesca, promovo todos os anos um carnaval em Marataízes e ainda não me sinto segura em realiza-lo, fujo de aglomeração. Mas se a pandemia estiver sob controle, às Prefeituras cabe decidir por sua realização ou não.