Crônicas

É muito goró no gogó

O título se refere a gírias de Minas e Rio de Janeiro, facilmente entendidas pelos capixabas que transitam e incorporam termos de ambos.

Por: Marilene Depes em 4 de dezembro de 2024

O título se refere a gírias de Minas e Rio de Janeiro, facilmente entendidas pelos capixabas que transitam e incorporam termos de ambos. E a frase surgiu após um encontro de confraternização da Academia Cachoeirense de Letras. Estranho? Não, aconteceu após a Academia ter empossado o escritor e compositor repleto de gírias e malemolências, carioca da gema, Filipe Bezerra, cronista e escritor que se destaca exatamente pela informalidade na comunicação.

A Academia de Letras, hoje, possui acadêmicos de várias vertentes culturais. Cronistas, historiadores, músicos – maestro, maestrina e pianista entre os melhores, poetisas, pesquisadores, cronista social, contadora de histórias – a maioria com livros e trabalhos publicados. Dentre eles, profissionais que se destacam nas mais diversas áreas: jornalistas, professores, administradores de empresa, empresários, médico, advogados, juízes, funcionários públicos, políticos, mestre-cuca, publicitária, designer e um sacerdote. E são tão variadas profissões que fica até difícil destacar todas. Somos quarenta, sendo que alguns já não frequentam devido a idade avançada.

A maioria dos acadêmicos fazem parte de associações e entidades como: Lions Clube, Maçonaria, Conselhos de Direito, BNI, Grupos de Leitura, Corais, Institutos, Diretorias, Clubes Sociais, além dos defensores de Direitos e outros trabalhos voluntários. As idades variam entre jovens adultos e até quase centenários – a nossa querida Joacy Novaes, que ainda escreve e se mantém ativa nas redes sociais. O grupo é heterogêneo, membros de esquerda e de direita, católicos, evangélicos e umbandista, porém sua homogeneidade se consagra no amor pela cultura da cidade que orgulhosamente gestou nomes como Rubem e Newton Braga, e pelo respeito à diversidade!

E só um amor profundo pela cultura da nossa terra que pode explicar a afinidade e empatia na confraternização entre os acadêmicos, a alegria e espontaneidade do encontro de almas, ligadas pela poesia e prosa, e que através da música e da dança extravasaram o amor à vida! E haja goró atravessando o gogó!