Saúde

Cuidado com o uso excessivo do celular

Os efeitos do excesso de exposição dessa luz, estão associados a um desenvolvimento precoce da degeneração da mácula, que se não for tratada, pode levar à cegueira

Por: Leonardo Oliveira em 6 de abril de 2020

No dia 26 de fevereiro de 2020, foi registrado o primeiro caso de Covid-19 no Brasil. De lá pra cá, mais casos foram sendo confirmados, até que chegou à nossa cidade, Cachoeiro de Itapemirim. E um decreto nos fez ficar em casa.
Desde então, trocaram-se os aglomerados das ruas pelo aglomerado familiar, trocamos nossos ambientes de trabalho por ambiente doméstico de trabalho. As crianças foram colocadas de férias forçadas e alguns colaboradores de diversos segmentos também. E todos eles possivelmente têm algo em comum: o uso excessivo dos celulares.
Antes disso tudo acontecer, o Brasil já era considerado o segundo país que passa maior tempo no celular, cerca de oito horas, perdendo apenas para a Filipinas. Imagine então agora, que estamos em quarentena.
Se todos nós, estamos passando mais tempo no celular, mais tempo nossos olhos estão sendo expostos a iluminação das luzes azuis dos celulares, dos tablets, as chamadas LEDs.
Os efeitos do excesso de exposição dessa luz estão associados a um desenvolvimento precoce da degeneração da mácula, uma doença que, se não for tratada, pode levar à cegueira.
Essa luz também está envolvida na regulação do sono e nos mecanismos de envelhecimento. Estudos apontam que a exposição dos nossos olhos à luz azul especialmente antes de dormir acaba suprimindo a melatonina, que é um dos hormônios do sono, dificultando a chegada do sono profundo e reparador.
Em várias doenças, que estão relacionadas à idade, como a depressão, o diabetes, a hipertensão e degeneração de mácula, existe um papel regulador da luz azul. Em excesso, causa riscos para a saúde e tem efeitos significativos na retina.
Atualmente novos filtros aplicados aos óculos tem a capacidade de impedir que a fração nociva da luz azul atinja nossos olhos protegendo nossas retinas.
Para minimizar esses efeitos, já que estamos muito conectados, diminua o brilho da tela, mantenha uma distância do aparelho do seu rosto, se usa óculos, esteja sempre em uso enquanto manuseia o celular.
Fique atento a sua exposição, busque sempre intervalos sem seu uso e principalmente evita-lo antes de dormir.

 

Leonardo Oliveira é médico há 16 anos, formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) {Insta} @drleonardooliveira – {contato} (28) 99923-5734 {facebook} @drleonardooliveira