Saúde

DMRI, um vilão silencioso…

Infelizmente a DMRI não tem cura, por isso a prevenção e diagnóstico precoce são as melhores maneiras de evitar uma perda visual no futuro

Por: Leonardo Oliveira em 1 de junho de 2020

 

Aquela dificuldade para perceber letras menores, enxergar informações das placas enquanto está dirigido e até mesmo identificar a fisionomia das pessoas á distancia pode parecer uma coisa trivial do dia a dia principalmente para que já passou dos 60 anos, mas não se engane, por trás dessas pequenas limitações pode estar se escondendo um grande vilão, a DMRI (Degeneração Macular Relacionada a Idade).

Os sexagenários de hoje sãos os novos “adultos de meia idade”, isso é nítido quando observamos a grande atividade social e laboral de muitos sessentões. O termo idoso, classificação recebida por atingirem os 60 anos e que tem a palavra “velho” como sinônimo no Aurélio já não condiz mais com a realidade atual.

Uma boa saúde física e mental pra continuar tendo uma vida ativa e dinâmica de maneira saudável além dos 60 anos não deve ser interrompida por problemas da visão, destaco aqui uma doença ocular que está totalmente relacionada ao avanço da idade, e que inclusive leva isso no seu nome, a Degeneração Macular Relacionada a Idade (DMRI).
A degeneração macular relacionada com a idade (DMRI) é uma doença ocular comum, sendo considerada uma das principais causas de perda de visão em pessoas com idade superior a 60 anos.

Esta doença ocorre em uma parte da retina chamada mácula, região do olho responsável pela visão central, isto é, que nos permite ver objetos em frente do nosso campo visual.

 

Existem duas formas de apresentação da DMRI: a forma “seca “ e a forma “úmida”.

DMRI SECA

É a forma mais comum de degeneração macular relacionada à idade e corresponde à cerca de 90% de todos os casos. A perda da visão geralmente ocorre aos poucos ao longo dos anos e não costuma causar perda total da visão central mas causa bastante dificuldade em tarefas que exigem foco mais nítido.

DMRI ÚMIDA (exudativa)

A perda da visão ocasionada por esta forma de degeneração macular pode progredir rapidamente e até mesmo de forma súbita pois está associado com um sangramento na retina o que é muito grave. Atualmente, existem tratamentos capazes de barrar a progressão da DMRI e, felizmente em alguns casos, até recuperar parte da visão perdida no caso de sangramento a mácula.

TRATAMENTO

Infelizmente a DMRI não tem cura, por isso a prevenção e diagnóstico precoce são as melhores maneiras de evitar uma perda visual no futuro. Hábitos saudáveis como alimentação balanceada, evitar o fumo, proteger os olhos da radiação ultravioleta (sol), e principalmente visitas regulares ao oftalmologista após os 40 anos, devem ser prioridades nesse momento da vida. Nos casos de DMRI exudativa existem medicações chamadas anti-angiogênicas que tem apresentado resultados muito positivos com grande recuperação visual em muitos casos trazendo de volta a capacidade laboral e auto estima de muitos pacientes. Estamos vivendo mais e melhor, e nossos olhos precisam estar acompanhando essa evolução, desse modo, cuidar deles é essencial para que possam nos mostrar com mais clareza o caminho que ainda temos a percorrer.

Leonardo Oliveira é médico há 16 anos, formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) {Insta} @drleonardooliveira – {contato} (28) 99923-5734 {facebook} @drleonardooliveira