Saúde

Janeiro Verde: Mês do combate ao câncer do colo do útero

No Brasil, o mês de janeiro marca a campanha de prevenção contra o câncer de colo de útero. Esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente entre as brasileiras e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, são cerca de seis mil mortes no país.

Por: Redação em 29 de janeiro de 2021

No Brasil, o mês de janeiro marca a campanha de prevenção contra o câncer de colo de útero. Esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente entre as brasileiras e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, são cerca de seis mil mortes no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

A oncologista do HECI, Dr. Sabina Aleixo, explica que o vírus HPV é a principal causa do câncer de colo de útero e é transmitido durante a relação sexual, no contato direto com pele ou mucosas infectadas. Além do HPV, outros fatores de risco para o câncer de colo de útero são: tabagismo, infecções por clamídia, anticoncepcionais, múltiplas gestações, dieta pobre em frutas e vegetais e determinantes sociais, “o câncer de colo de útero é um câncer que está relacionado à pobreza, que leva à falta de acesso à informação”, explica.

O uso de preservativo ajuda a diminuir o risco de contaminação e o exame de rotina Papanicolau é capaz de rastrear lesões iniciais. Mesmo sem sintomas, é indicado que todas as mulheres realizem periodicamente o exame preventivo. Com o diagnóstico em fase inicial, as chances de cura são de 100%. O exame pode ser realizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e é coberto também pelos planos de saúde.

Dr. Sabina Aleixo

Caso seja identificada a presença do tumor, ainda no primeiro estágio, é realizado o tratamento cirúrgico, sem necessidade de nenhum tratamento além. Caso essa identificação ocorra, em um estágio mais avançado o tratamento é a combinação de sessões de quimioterapia e radioterapia.

Contudo, a prevenção mais efetiva é vacinar contra o HPV. A vacina está disponível na rede pública e é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos, de 11 a 14. Homens e mulheres adultos também podem se vacinar, mas em clínicas particulares. São necessárias duas doses.

Infelizmente a falta de informação é o principal motivo da procura tão pequena pela vacina contra o HPV, principalmente na segunda dose. Uma campanha como essa, traz a possibilidade de a gente conversar a respeito de uma geração sem câncer de colo de útero no futuro.