Crônicas

Ofício desafiador

Quem escreve e publica o faz pelo gosto pela escrita e a partilha de ideias. Muitas pessoas o fazem nas redes sociais, principalmente no Facebook e no Tuitter, o Instagram é mais utilizado para imagens e textos menores, e no WhatsApp se aglomeram em grupos de interesse.

Por: Marilene Depes em 22 de novembro de 2022

Quem escreve e publica o faz pelo gosto pela escrita e a partilha de ideias. Muitas pessoas o fazem nas redes sociais, principalmente no Facebook e no Tuitter, o Instagram é mais utilizado para imagens e textos menores, e no WhatsApp se aglomeram em grupos de interesse. Outras redes como o Tik Tok atende mais um público adolescente pela superficialidade das suas matérias. O Linkedin é uma plataforma profissional, o Telegram tenta ocupar os espaços de outras redes, na verdade são mais de 250 delas ativas em todo mundo. E o YouTube, uma das minhas preferidas, é a rede que nos permite compartilhar boas entrevistas, podcasts, shows, músicas e é onde apresentamos o Programa “Entre Elas”, eu e a jornalista Regina Monteiro.

Quem transita entre muitas plataformas deve ser bastante seletivo. Admiráveis os internautas que possuem conteúdo próprio, que oferecem boas opiniões, sugestões interessantes, que partilham sua experiência de vida, e mais ainda quem possui espírito crítico e não fica repostando abobrinhas sem nenhuma consistência, redes sociais não dão o embasamento que se adquire com a leitura de jornais, revistas e livros.

Nestas eleições confirmou-se o poder das redes e a vulnerabilidade das pessoas diante das fake news. E a inconsistência da maioria das informações veiculadas nas redes de maior acesso. E as eleições se encerraram e as pessoas não desistiram de produzir notícias falsas, calúnias e informações desvinculadas da verdade, criando pessoas ou grupos totalmente fanatizados, que não medem as consequências das notícias que produzem, com o objetivo único de desestabilizar. Em respeito a saúde mental fuja dessas informações, pessoas sensatas ficam transtornadas se mergulhados na bolha, cujo único objetivo é a manutenção da massa de manobra. Uma postagem verdadeira atinge mil pessoas e as falsas chegam a atingir cem mil, elas são disparadas por robôs e nem são checadas, porque a tendência é acreditar no que confirma as próprias crenças, por mais inverossímeis que sejam.

Importante priorizar informações políticas através de quem entende de política, assim com informações de saúde através dos médicos, e assim por diante. Respeitar os cientistas, os jornalistas, os advogados, as pessoas cultas em suas áreas, é uma prova de inteligência. E ao receber uma notícia, o mínimo que o bom senso indica é confirmar sua veracidade e autoria antes de republica-la. Isso faz bem a você e a toda sociedade.